
Andy Murray revela o que não curtiu na experiência como técnico de Novak Djokovic
21 de junho de 2025 às 14:16
Andy Murray, tricampeão de Grand Slam e um dos nomes mais respeitados do tênis mundial, revelou detalhes surpreendentes sobre seu período como treinador de Novak Djokovic, recordista com 24 títulos de Grand Slam. A parceria, que começou logo após a aposentadoria de Murray das quadras profissionais em agosto de 2024, trouxe bastantes desafios e aprendizados.
Após anunciar nas Olimpíadas de Paris que aquele seria seu último torneio como jogador, Murray encerrou sua carreira profissional com uma derrota nas quartas de final de duplas. Mas, pouco tempo depois, surpreendeu o mundo do tênis ao aceitar o convite de Djokovic para assumir interinamente o posto de treinador do sérvio, ex-número 1 do mundo, que buscava renovar forças para a temporada.
Murray acompanhou Djokovic durante a pré-temporada, o Australian Open e a sequência de torneios no piso duro da América do Norte, até que os dois anunciaram o fim do trabalho conjunto em maio de 2025. O ponto alto desta fase foi o vice-campeonato de Djokovic no Miami Open, mas também houve decepções com eliminações precoces em outros eventos.
Em entrevista realizada no SEC Armadillo em Glasgow, Murray explicou como surgiu o convite: “Conversamos por telefone e ele me perguntou se eu toparia ser seu treinador, algo que não esperava. Achei que era uma oportunidade única”.
Ele ainda contou que, após tantos anos focado em viagens e competições, estava finalmente aproveitando mais tempo com a família, o que acabou sendo um ponto complicado para ele na função de técnico. “Eu estava curtindo muito ficar em casa, mas achei que deveria tentar e ver se gostava. Não sei se realmente gostei”, comentou o britânico, hoje com 38 anos.
Em outro bate-papo para a GQ UK, Murray detalhou o funcionamento dentro da equipe de Djokovic, que reúne pessoas de diversas nacionalidades, como sérvios, austríacos e espanhóis. “Foi um jeito diferente de trabalhar. Tive que aprender a me comunicar bem com todo mundo e a entender o que realmente motiva o Novak”, disse.
Ele explicou também as responsabilidades do treinador principal: “Quando algo dá errado, a culpa recai sobre você. É preciso organizar tudo – desde o horário dos treinos até a preparação das raquetes – o que torna o dia bastante estressante para garantir que tudo corra perfeitamente. Foi uma experiência interessante, mas que mostrou que tenho muito a melhorar”.
Essa fase na carreira de Murray, mesmo que marcada por desafios, mostra uma nova faceta do ex-jogador e sua contribuição para o tênis, agora fora das quadras. E você, acha que Andy Murray tem futuro como treinador de alto nível? Conta pra gente nos comentários!
Fonte: Tennis365