Se você é fã de tênis e está cansado da burocracia e dos altos custos dos Grand Slams tradicionais, o Australian Open pode ser a viagem perfeita para você. Realizado em Melbourne durante o verão do hemisfério sul, o torneio não só reúne os maiores nomes do tênis mundial como também proporciona uma experiência única e descontraída para os fãs que viajam para prestigiar o evento.

Conhecido carinhosamente como “Happy Slam”, o Australian Open ficou famoso pelo clima alegre e pela energia contagiante que domina os quase 100 hectares à beira do rio Yarra, onde está localizado o Melbourne Park. A americana Jessica Pegula, uma das principais jogadoras do circuito, destaca: “Todo mundo está renovado, animado para jogar e, por ser verão, todo mundo está feliz. Você sente como se estivesse em um festival de música ao ar livre.”

Além do tênis de alto nível, o torneio é um convite para conhecer a vibrante cultura gastronômica de Melbourne. A cada ano, o Australian Open renova seu cardápio, convidando chefs locais — desde emergentes até renomados — para criar pratos exclusivos. Entre as delícias, destaca-se o “peach Melbourne”, uma versão do clássico Peach Melba que combina pêssegos e framboesas locais em um sorvete cremoso perfeito para o calor do verão. Sem falar no AO Frappe, uma bebida gelada que homenageia a famosa cena do café da cidade. “O café deles é incrível”, garante Pegula.

Outro grande diferencial do torneio é sua localização estratégica. Ao contrário dos outros Grand Slams, que ficam afastados dos centros urbanos, o Australian Open fica a apenas 20 minutos a pé do centro de Melbourne e de hotéis luxuosos como o Langham, Park Hyatt e Westin. E o melhor: os ingressos são acessíveis, com passes para o complexo custando a partir de 23 dólares.

Para quem curte esportes com raquete, o crescimento do padel e do pickleball também tem movimentado resorts e hotéis pelo mundo. Locais como o Oberoi Marrakech, Gleneagles na Escócia e JW Marriott Venice Resort & Spa já oferecem quadras para padel, e hotéis de luxo acrescentam esses esportes em suas atrações para os hóspedes, criando ambientes sociais e ativos.

E não são apenas os resorts que apostam nesses esportes: no mar, várias companhias de cruzeiro como Holland America, Royal Caribbean e Virgin Voyages têm incluído quadras de pickleball em seus navios, aumentando ainda mais o alcance dessas modalidades que combinam diversão e socialização.

O esporte com raquete vem ganhando adeptos e investimentos, inclusive com iniciativas apoiadas por lendas do tênis como Andre Agassi, que participa da Ballers, um clube social-esportivo inaugurado em 2023 na Filadélfia que alia esporte e networking.

Já para os amantes do tênis tradicional, vários hotéis e resorts estão investindo pesado para aprimorar suas estruturas, como o Breakers Palm Beach, na Flórida, com um investimento de 12 milhões de dólares em quadras de tênis, padel e pickleball, além de resorts no Caribe que promovem torneios profissionais com nomes de peso como John McEnroe, Coco Gauff e Sloane Stephens.

Além disso, o fenômeno Rafa Nadal vem se expandindo para o universo hoteleiro com a criação de centros de tênis sua assinatura, presentes em destinos como Marbella, México, Grécia e com previsão para chegar à República Dominicana em 2026.

Em resumo, o Australian Open não é só um torneio de tênis; é uma experiência cultural, esportiva e social que vale a pena para qualquer viajante apaixonado por esportes de raquete. Se você quer combinar férias inesquecíveis com jogos de alto nível e um ambiente descontraído no verão australiano, não há melhor hora nem lugar para isso.

Fonte: Travel + Leisure