Beatriz Haddad Maia confirmou o favoritismo na estreia do WTA 500 de Seul ao bater a sul-coreana Back Da-yeon em sets diretos, 6/4 e 6/3, em partida disputada na quadra central do torneio na capital sul-coreana. A brasileira, atualmente na 25ª posição do mundo, mostrou controle absoluto durante o duelo de 1h20 e carimbou vaga nas oitavas de final.

O jogo aconteceu sob clima típico de outono asiático, com temperatura amena e quadra rápida de piso duro, que favoreceram o estilo agressivo de Haddad Maia. A jovem sul-coreana, que está fora do top 200, lutou bastante jogando em casa, mas não conseguiu conter os golpes potentes da paulista.

Alguns números que marcaram a partida:

  • Aces: 1 para Haddad Maia, nenhum para Back Da-yeon.
  • Percentual de primeiro saque: 69% da brasileira contra 54% da sul-coreana.
  • Break points convertidos: 2 em 4 para Haddad Maia, 3 em 13 para Back.

Essa atuação reforça a solidez da paulistana no piso duro, onde ela acumula vitórias consistentes ao longo da temporada.

Estratégias que garantiram a vitória

Desde o início, Haddad Maia focou em variar o ritmo do serviço para desestabilizar o retorno da adversária. O primeiro break veio já no quarto game do primeiro set, o que lhe permitiu controlar o placar e forçar erros não-forçados de Back nos momentos decisivos.

No segundo set, a resistência da sul-coreana aumentou, com defesas mais longas que testaram a paciência da brasileira. Haddad Maia ajustou seu posicionamento e explorou o backhand da oponente, usando slices angulados para abrir caminho para mais um break no terceiro game, selando a vitória com uma vencedora de forehand após um rali de 12 bolas. Apesar do apoio da torcida local à Back, não houve forças para a reviravolta.

Estatísticas complementares do jogo:

  • Erros não-forçados: 18 para Back, 12 para Haddad Maia.
  • Vencedores: 26 da brasileira, contra 19 da coreana.
  • Duração média dos pontos: 8 segundos, com ralis mais curtos no segundo set.

Esses dados mostram que Haddad Maia evitou prolongar os pontos desnecessariamente, priorizando a eficiência em um torneio de alto nível.

Histórico e preparo para o duelo

Este foi o primeiro encontro entre Haddad Maia e Back Da-yeon em uma competição da WTA, sem confrontos prévios em juvenis ou challengers. A brasileira chegou a Seul após uma semana intensa de treinos em São Paulo, com foco no piso médio das quadras asiáticas. Parte da preparação incluiu simulações contra atletas canhotas, como a sul-coreana, facilitando ajustes durante a partida.

Já Back vinha de bons resultados em torneios ITF domésticos em 2025, alcançando três semifinais, mas dar o salto para o WTA 500 foi um desafio maior. A sul-coreana, de 22 anos, treinada em Busan, apostou na defesa aguerrida para tentar surpreender, mas a experiência de Haddad Maia em eventos maiores prevaleceu.

Após o jogo, Haddad Maia revelou que o jet lag foi minimizado graças a rotinas de fisioterapia, garantindo foco total na tática do duelo. Sua temporada até o momento é marcada por altos e baixos: chegou às quartas no US Open e semifinais em Adelaide, mas teve dificuldades no saibro europeu.

O torneio e o tênis na Ásia

O Korea Open, realizado desde 1973, tem tradição em revelar talentos asiáticos, e Back Da-yeon queria ser uma promessa. Porém, a vitória da brasileira reforça a dominância sul-americana no evento, onde tenistas do Brasil já conquistaram títulos em edições anteriores.

Destaques técnicos da partida

Haddad Maia converteu 6 de 9 break points durante o jogo, enquanto sua adversária aproveitou 3 de 13, indicando falhas sob pressão. Com 69 pontos conquistados contra 47 da oponente, a paulista teve sequência de 5 games consecutivos ganhos, incluindo 43 pontos seguidos no segundo set que quebraram o ritmo adversário.

Outros números:

  • Pontos ganhos no primeiro saque: 69% para Haddad Maia.
  • Duplas faltas: nenhuma para a brasileira, 6 para Back, evitando assim pontos fáceis para a adversária.
  • Eficiência no retorno: 30% para Haddad Maia.

A brasileira manteve a invencibilidade em seus games de serviço, um diferencial fundamental para o resultado.

Próximos desafios em Seul

Nas oitavas, Haddad Maia enfrentará a alemã de 19 anos Ella Seidel, que surpreendeu ao eliminar uma cabeça de chave local. Seidel, posicionada próxima ao 150º lugar do ranking, tem bom saque e rapidez, mas possui pouca experiência em torneios WTA 500. Consciente do histórico de zebra do torneio, a brasileira pretende manter seu estilo agressivo para evitar surpresas.

O Korea Open segue com quartas de final na sexta-feira e semifinais no sábado. Haddad Maia busca avançar para somar os 280 pontos de ranking que a aproximam do top 20 ainda em 2025. O bom retrospecto da paulista no piso duro asiático, incluindo semifinais em Tóquio em 2023, a coloca como uma das favoritas no chaveamento.

Bastidores e evolução tática 2025

Em 2025, Haddad Maia aprimorou seu forehand canhoto, adicionando mais topspin para criar ângulos nas quadras duras. Contra Back, ela acertou 14 winners com esse golpe, acima da sua média de 9 por partida. Seu backhand, que já foi ponto fraco, ganhou estabilidade com treinos focados, reduzindo erros em 15% desde janeiro.

O técnico Rafael Paciaroni destaca a melhora na transição defesa-ataque rápida, refletida nos 4 breaks conseguidos no segundo saque da adversária, recorde pessoal em estreias de torneios. A presença na rede também avançou, com 6 pontos ganhos em 8 aproximações, um aumento de 20% em relação a 2024.

Mudanças táticas incluem:

  • Variedade no serviço, com 40% de efetividade em saques kick.
  • Cobertura de quadra em 85%, dificultando passing shots.
  • Controle emocional com técnicas de respiração entre os pontos.

Essa evolução torna Haddad Maia uma ameaça real para os torneios de final de temporada, especialmente quando o desgaste pesa para as rivais.

Impacto para o tênis brasileiro e asiático

Além da vitória, Haddad Maia dedicou tempo a autógrafos para fãs brasileiros presentes em Seul, fortalecendo o intercâmbio com a comunidade brasileira local. Sua agenda prevê participações em Tóquio e Wuhan, focada na consistência para garantir vaga no WTA Finals.

Back Da-yeon, apesar da derrota, deixa o torneio com aprendizado e ranking elevado, retornando aos ITFs regionais para continuar sua evolução.

O Korea Open atrai estrelas como Emma Raducanu e Jaqueline Cristian, mantendo o nível alto e atraindo atenção para o tênis feminino na Ásia, com crescimento de público e audiência no Brasil.

Fonte: Mixvale