Emma Raducanu passou por um duro revés no ranking mundial após a derrota contundente para Amanda Anisimova no WTA 1000 de Montreal, complicando suas chances de garantir um lugar entre as cabeças de chave no US Open.

Com uma derrota por 6-2, 6-1 em pouco mais de uma hora, Emma sofreu mais que um resultado negativo: viu seu desempenho renovar preocupações sobre sua consistência após os bons momentos em 2023, quando chegou à final de Wimbledon. Amanda Anisimova, que enfrentou Emma em uma batalha equilibrada nos últimos confrontos, dominou a partida e mostrou estar em uma fase muito boa.

Para conseguir um lugar entre as 32 cabeças de chave do Grand Slam americano, Raducanu agora precisa de uma campanha sólida no próximo WTA 1000 de Cincinnati, que acontece ainda este mês. Para isso, o ideal seria atingir ao menos as quartas de final, o que renderia 215 pontos e poderia garantir sua classificação ao torneio sem enfrentar adversárias muito perigosas logo na estreia.

Caso contrário, Emma pode tentar somar pontos nos torneios WTA 500 de Monterrey ou WTA 250 de Cleveland, que acontecem na semana anterior ao US Open. A cabeça de chave vale muito para evitar cruzamentos complicados logo nos primeiros jogos, como contra a número 1 do mundo Aryna Sabalenka, a atual campeã de Wimbledon Iga Swiatek ou a própria Anisimova, em ótima fase.

Vale lembrar que a britânica não tem pontos a defender nas próximas semanas, pois no ano passado optou por não participar em preparatórios no circuito, chegando ao US Open com pouca rodagem nas quadras rápidas americanas. Esse cenário levou à eliminação já na primeira rodada para Sofia Kenin, um resultado abaixo do esperado.

Apesar da derrota recente e das dificuldades, especialistas ainda acreditam no potencial de Emma Raducanu. O ex-número 1 britânico Tim Henman comentou em entrevista exclusiva ao Tennis365 que o momento é de pensar a longo prazo. “Não é sobre as próximas quatro semanas, mas sobre os próximos quatro anos”, afirmou.

Henman destacou a importância da equipe atual de Emma, comandada pelo treinador Nigel Petch, para a evolução dela: “Ela vem jogando muitas partidas e ganhando resistência física, fundamental para uma temporada longa. Tenho certeza que ela vai se recuperar rapido dessa derrota e vai estar pronta para a grama.”

Emma Raducanu, campeã do US Open em 2021, tem muito talento e deve usar esse momento para construir uma trajetória consistente rumo ao retorno ao top 30 mundial ou até mais alto, conforme sugeriu Henman.

Fonte: Tennis365