Nos últimos anos, o tênis masculino tem sido marcado pela ascensão meteórica de duas potências: Carlos Alcaraz, da Espanha, e Jannik Sinner, da Itália. Eles se enfrentaram em seis finais só nesta temporada, com Alcaraz levando a melhor em quatro delas. O domínio da dupla vem levantando um debate frequente: quem será capaz de interromper essa supremacia?
Embora nomes como Jack Draper, João Fonseca e Ben Shelton tenham surgido como possíveis candidatos para abalar essa hegemonia, na prática, ainda não apresentaram resultados que provem essa ameaça. E quem pode dar uma opinião certeira sobre isso é Ivan Ljubicic, ex-técnico de Roger Federer – uma lenda do esporte. Em entrevista, ele revelou que não enxerga ninguém próximo de competir com essa dupla pelo menos nos próximos dois ou três anos.
Uma superioridade consolidada
Alcaraz e Sinner não só dominam seus adversários fora do grupo como também sobressaem diante dos próprios tenistas do top 10 do ranking ATP. Em 2025, Sinner sofreu apenas seis derrotas, quatro delas para Alcaraz. No mesmo ano, Alcaraz perdeu oito vezes, com duas derrotas justamente para o jogador italiano.
Esse cenário mostra como é difícil para os demais jogadores superá-los. Tanto que em nenhum evento que contou com ambos este ano, algum outro atleta conseguiu vencer o torneio. Além disso, a rivalidade entre eles tem impulsionado melhorias constantes em suas performances dentro das quadras.
Duelo na história e conquistas
No confronto direto, Alcaraz lidera com 10 vitórias contra 6 de Sinner, incluindo quatro triunfos nos últimos seis encontros. As vitórias do italiano mais recentes vieram em torneios de peso, como o Wimbledon e o ATP Finals, disputado recentemente em 16 de novembro.
Ambos fecharam a temporada com 14 títulos no currículo e também com quatro Grand Slams conquistados cada um nos últimos dois anos, consolidando-se como os maiores nomes atuais do circuito.
Palpites do ex-técnico Federer
Em debate ao site Puntodebreak, o croata Ivan Ljubicic lembrou que, mesmo com o talento de outros aspirantes, Alcaraz e Sinner seguem evoluindo e acumulando experiência em partidas decisivas e sob pressão.
“Acho que as coisas vão continuar assim. Carlos e Jannik estão sempre melhorando e adicionando mais armas ao jogo. Os outros não chegam nesse nível, então não espero grandes mudanças nos próximos dois ou três anos. Talvez surja algum talento isolado, mas não que desafie consistentemente esses dois em toda a temporada”, afirmou Ljubicic.
Alcaraz: o talento e a criatividade em alta
Carlos Alcaraz – que encerrou a temporada como número 1 do mundo, com 71 vitórias e 8 títulos no circuito, incluindo Roland Garros, US Open e três Masters 1000 – chamou atenção por sua versatilidade e por ser um dos jogadores mais criativos da atualidade, segundo Ljubicic.
Além do talento natural, a capacidade do espanhol de entreter os fãs com uma diversidade de golpes e sua resiliência em situações difíceis fazem dele um nome muito especial para o esporte.
“Carlos é o jogador que mais gera emoção nas quadras. Ainda é cedo para rotulá-lo, mas ele traz algo diferente e encantador para quem ama tênis”, comentou o ex-técnico.
O futuro e o desafio do Australian Open
Com 22 anos, Alcaraz está a um Grand Slam de completar o Career Grand Slam – título dos quatro principais torneios da temporada – caso conquiste o Australian Open em 2026, no saibro de Melbourne. Isso o tornaria o jogador mais jovem a realizar tal feito.
Apesar de sua agenda estar afetada neste momento por uma lesão que sofreu durante uma partida contra Sinner no ATP Finals em Turim, Alcaraz só carece de plena recuperação para seguir brilhando.
Enquanto isso, os fãs do tênis podem se preparar para acompanhar uma das rivalidades mais eletrizantes e consistentes dos últimos tempos, que deve seguir em alta ainda por um bom tempo.
Fonte: FirstSportz
