Aryna Sabalenka, a número um do tênis feminino mundial, confirmou seu título no US Open de 2025, reafirmando sua posição como uma das maiores forças da modalidade atualmente. Apesar de um ano desafiador, com algumas derrotas em grandes finais, a vitória em Nova York mostrou a resiliência da bielorrussa e reacendeu o debate sobre a capacidade do tênis feminino de criar rivalidades intensas que prendam a atenção dos fãs.
Durante o ano, Sabalenka enfrentou dificuldades nas outras grandes competições. Ela perdeu as finais do Australian Open e do French Open (torneio disputado em saibro), além de uma derrota difícil nas semifinais de Wimbledon para Amanda Anisimova, que é uma jovem promessa com grande apoio local na Inglaterra. Foi justamente revendo essa partida que Sabalenka encontrou motivação para superar Anisimova na final do US Open.
“Pensei que tudo iria acontecer facilmente a meu favor, mas era uma mentalidade errada”, revelou Sabalenka sobre suas finais anteriores. “Nesta final, decidi controlar minhas emoções.” Esse amadurecimento pode ser o diferencial para que ela siga dominando o circuito.
No entanto, embora Sabalenka esteja se destacando, uma grande questão ainda paira sobre o tênis feminino: existe uma rivalidade forte o bastante para envolver o público? Desde 2020, onze jogadoras diferentes conquistaram títulos de Grand Slam, o que demonstra a qualidade e equilíbrio do nível, mas deixa a desejar em termos de narrativas dramáticas e disputas eletrizantes que prendem os fãs.
No tênis masculino, a aposentadoria dos “Três Grandes” (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) deu lugar a uma nova era de rivalidades, sobretudo entre Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, que juntos dominaram os últimos oito Majors. Já no circuito feminino, essas histórias ainda estão em formação.
Iga Swiatek, polonesa de 24 anos com seis títulos de Grand Slam, incluindo Wimbledon em 2025, aparece como a maior adversária para Sabalenka nas próximas temporadas. Apesar de oscilar durante o ano e não ter chegado a outras finais de majors, Swiatek lidera o confronto direto contra Sabalenka por 8 a 5 e tem um estilo de jogo agressivo e técnico que pode levar a embates memoráveis.
Além delas, jovens promessas como Coco Gauff, americana de 21 anos com dois Grand Slams no currículo, e a própria Amanda Anisimova, que participou de duas finais em 2025, também prometem agitar o circuito nos próximos anos, tornando o ambiente cada vez mais competitivo e atraente para o público.
Ana Ivanovic, campeã do French Open em 2008, comentou recentemente sobre o cenário atual do tênis feminino: “Há 10 ou 15 anos, tínhamos várias jogadoras de alto nível ao mesmo tempo, e desde as quartas de final os jogos já eram fenomenais. Hoje isso está faltando um pouco, vemos muitas estreantes nas semifinais e finais. Acho que essa nova geração precisa construir isso para o tênis feminino voltar a ter o prestígio de antes.”
Enquanto isso, Aryna Sabalenka segue sendo uma atleta que alia talento excepcional a uma personalidade cativante, fundamental para atrair fãs e mídia. Agora, resta ao circuito a missão de fomentar essas rivalidades que fazem a emoção do esporte, garantindo um futuro brilhante para o tênis feminino.
Fonte: The Economic Times