Carlos Alcaraz, atual número 1 do mundo no tênis, teve sua temporada 2025 interrompida precocemente por conta de uma lesão, mas o foco agora se volta para sua agenda de partidas de exibição. Ícones do esporte, como o lendário Jimmy Connors, já comentam que será interessante acompanhar se Alcaraz vai conseguir manter o ritmo nos eventos extras.

A lesão que tirou Alcaraz da competição aconteceu durante as finais do ATP Finals, na partida contra o italiano Jannik Sinner, quando o espanhol precisou de tratamento para uma contusão na coxa já no primeiro set. Mesmo assim, ele terminou a partida, que acabou perdida por 7-6 (7-4), 7-5, com Sinner conquistando o título sem perder nenhum set durante todo o torneio.

O jovem astro espanhol havia planejado representar a Espanha na Copa Davis, que acontece em Bologna, na Itália, nesta semana, mas precisou se retirar por precaução após uma ressonância magnética confirmar que a lesão era mais grave do que o esperado. Médicos alertaram que continuar jogando poderia causar uma ruptura na coxa, decidindo assim pelo cancelamento da participação de Alcaraz no torneio.

Mesmo com sua temporada oficial chegando ao fim, Alcaraz ainda tem compromissos marcados para eventos de exibição nos Estados Unidos, com partidas previstas para 7 e 8 de dezembro, em Nova Jersey e Miami, respectivamente.

A situação motivou um debate no podcast Advantage Connors, apresentado pelo ex-número 1 mundial Jimmy Connors e seu filho Brett. Eles refletiram sobre o desgaste dos atletas e a chamada “temporada de dinheiro” — o período do ano em que os jogadores participam de várias exibições para faturar além dos torneios oficiais.

Brett falou sobre o momento difícil de Alcaraz: “Ele teve um problema na coxa durante a partida, tentou continuar, mas acabou desistindo da Copa Davis. É frustrante quando a gente quer que eles conquistem títulos sem desculpas.”

Jimmy, por sua vez, ressaltou a dualidade entre financeiro e físico: “É a temporada de ganhar dinheiro. Você já ganhou bastante, mas sempre quer mais. O interessante é ver se eles forçam a barra para jogar mais exibições e chegam cansados para o Australian Open. Às vezes, viajar demais e participar de muitas partidas especiais pode custar caro na hora do Grand Slam.”

Brett ainda destacou a juventude de Alcaraz e seus contemporâneos: “Esses atletas têm vinte e poucos anos, são jovens e têm muita energia. Podem correr bastante, mas é um equilíbrio complicado.”

A preocupação gira em torno do Australian Open, o primeiro Grand Slam da temporada, que acontece em janeiro na Austrália. Manter o condicionamento físico e evitar lesões será chave para que Alcaraz continue o seu domínio no circuito mundial.

Fonte: Tennis365