Carlos Alcaraz protagonizou uma surpresa no Masters 1000 de Paris, ao ser eliminado já na segunda rodada pelo britânico Cameron Norrie, número 31 do mundo. O jovem espanhol, atual número 1 do ranking da ATP, teve uma atuação considerada “quase sem energia” por Nicolas Escudé, ex-top 20 do circuito e hoje comentarista, que também questionou a “fome” do espanhol na reta final da temporada.
O confronto terminou com parciais de 6-4, 3-6 e 4-6 para Norrie, em jogo marcado por 54 erros não forçados cometidos por Alcaraz e baixo aproveitamento nos pontos disputados, onde venceu apenas 46% (86 de 187). Essa foi a terceira derrota do espanhol para Norrie em oito encontros.
A campanha de 2025 do espanhol vinha sendo simplesmente impressionante: 67 vitórias, 8 derrotas, com oito títulos no currículo, incluindo dois Grand Slams, três torneios Masters 1000 e três ATP 500. Porém, sua sequência de nove finais seguidas, iniciada em abril no Masters de Monte Carlo, foi interrompida em Paris.
Antes do torneio, Escudé, que já foi número 17 do mundo e semifinalista do Australian Open, mostrou ceticismo em relação ao desempenho de Alcaraz no piso duro e coberto de Paris, dizendo que o espanhol tem uma relação “complicada” com o Masters da capital francesa. O francês ressaltou que, apesar de não acreditar em um bloqueio mental do espanhol em quadras cobertas, a dúvida era o quanto Alcaraz estaria realmente motivado nesta fase do ano, já que seu número 1 está praticamente garantido.
Sobre a partida, Escudé comentou para a Eurosport França: “Vimos um Alcaraz praticamente sem energia, reclamando das sensações e trocando longas conversas com sua equipe depois de perder o segundo set. Ele foi contra tudo o que vinha fazendo nos últimos meses. Isso surpreende. Mas, por enquanto, sua relação com este torneio é complicada.”
Apesar da queda precoce, cabe ressaltar que Alcaraz possui o pior desempenho da carreira justamente em quadras indoor, com 31 vitórias e 13 derrotas (70% de aproveitamento), sendo que sua única conquista nesta superfície foi o ATP 500 de Rotterdam. Em Paris, ele já tem um histórico equilibrado com 5 vitórias e 5 derrotas.
Já no ATP Finals, torneio que encerra a temporada e também é disputado em quadra coberta, sua campanha é negativa, com 3 vitórias e 4 derrotas.
Esta queda precoce em Paris mostra que, apesar do enorme talento e dos feitos recentes, Carlos Alcaraz ainda tem desafios a superar para consolidar sua dominância no circuito em todas as condições. Resta saber se ele estará motivado e preparado para os próximos eventos da temporada.
Fonte: Tennis365
