O jovem espanhol Carlos Alcaraz, uma das maiores promessas do tênis mundial, afirmou que saiu “feliz” da quadra após perder para o italiano Jannik Sinner na final de Wimbledon, torneio que é um dos quatro Grand Slams do circuito e acontece em Londres, no tradicional piso de grama do All England Club. Essa declaração foi dada durante sua coletiva antes do Masters de Cincinnati, poucos dias depois do duelo que parou o tênis mundial.
Na decisão histórica em Wimbledon, Alcaraz acabou derrotado por Sinner em um jogo equilibrado, com o placar de 4-6, 6-4, 6-4, 6-4. Essa foi a primeira vez na carreira que o jovem espanhol perdeu uma final de Grand Slam, sendo que ele já conquistou títulos importantes, incluindo Roland Garros e Masters 1000. Apesar da derrota, o número 2 do mundo refletiu com maturidade sobre o resultado.
“É claro que ninguém quer perder finais, ainda mais se for de Wimbledon ou outro Grand Slam”, admitiu Alcaraz. “Mas saí feliz, orgulhoso e sorrindo da quadra. Pensei: ‘Em algum momento, todos têm que perder uma final’. Estou orgulhoso do que fiz.”
Ele reforçou que, mesmo sabendo que ainda há pontos para melhorar, leva como aprendizado toda a experiência adquirida e valoriza estar disputando uma final tão importante na carreira. “Foram horas, não só dias, para perceber tudo isso. Sou muito grato por tudo que conquistei até aqui e estar em uma final de Wimbledon já é algo além do que eu imaginava. Mesmo com a derrota, saí satisfeito com o desempenho.”
Após essa derrota, Alcaraz optou por não jogar o Masters do Canadá, priorizando descanso para a reta final da temporada e o último Grand Slam do ano, o US Open. Ele tem levado uma temporada intensa, com títulos em Monte Carlo, Roma, Roland Garros e Queen’s Club, além de finais em Barcelona e Wimbledon.
O espanhol brincou sobre como gosta de descansar quando pode: “Quando eu paro, eu paro mesmo. Nem vou à academia. Meus amigos vão, mas eu prefiro ficar na cama e só encontro eles na hora do café da manhã!”
Com uma boa vantagem de 1540 pontos sobre Sinner na corrida da ATP para o Finals de Turim, Alcaraz pode até aliviar um pouco o calendário. Essa diferença lhe garante uma posição confortável, considerando que ele defende poucos pontos nos próximos torneios, enquanto Sinner tem muitos pontos a defender.
Sobre o futuro, Alcaraz deixou claro seu objetivo: voltar a ser o número 1 do mundo, posição que ocupou pela última vez em agosto de 2023. “Estou muito satisfeito com meu desempenho e quero seguir assim. Tenho coisas que posso melhorar, mas o principal é manter a alegria dentro e fora de quadra, curtindo os principais torneios do mundo. Meu foco agora é recuperar o topo do ranking.”
A rivalidade entre Alcaraz e Sinner tem sido um dos grandes destaques no tênis recente. Nos últimos 18 meses, eles dominaram os Grand Slams, disputando finais memoráveis, inclusive a mais longa da história de Roland Garros com duração de 5 horas e 29 minutos, onde Alcaraz salvou três match points antes de vencer no tie-break do quinto set.
“Estou feliz por estar construindo essa rivalidade com o Jannik, já fizemos coisas incríveis em pouco tempo. Deixo o pessoal falar da nossa história enquanto eu penso no que mais podemos conquistar. Temos muitas carreiras pela frente para ver até onde podemos chegar.”
Na estreia do Masters 1000 de Cincinnati, Alcaraz vai enfrentar Mattia Bellucci ou Damir Džumhur, iniciando sua busca por mais um título importante antes do US Open.
Fonte: Tennis365