A temporada de 2025 chegou ao fim para o australiano Alex de Minaur, trazendo um sabor de novidades, mas também muita familiaridade. O jovem tenista fez uma campanha corajosa chegando às semifinais do ATP Finals, mas acabou derrotado pelo eventual campeão Jannik Sinner, marcando sua 13ª derrota consecutiva para o italiano.
O jogo na Itália teve momentos promissores para De Minaur, com break points logo no começo e um bom saque, mostrando que ele sabe o que é preciso para tentar superar um dos grandes obstáculos da carreira: vencer os melhores tenistas do mundo. Sinner tem sido, de fato, o algoz de Alex nos últimos tempos.
Mesmo assim, o australiano encerrou o ano com um impressionante retrospecto de 56 vitórias e 24 derrotas, seu primeiro ano com mais de 50 vitórias na carreira. A campanha nas finais do ATP termina em Turim fez dele somente o segundo australiano nos últimos 51 anos a alcançar essa fase (apenas Lleyton Hewitt chegou lá três vezes, em 2001, 2002 e 2004).
Analisando a carreira de De Minaur, que agora com 26 anos está entrando nos anos teoricamente mais maduros, fica claro que a evolução tem sido constante. Ele fez seu primeiro quartas de final em Grand Slam com 21 anos, em 2020, no US Open (Flushing Meadows). Foram necessárias 14 participações em Slams para repetir esse feito, mas agora ele já alcançou o mínimo as oitavas em 8 dos últimos 10 torneios principais.
Em 2024, De Minaur entrou pela primeira vez no top 10 do ranking da ATP, ficando 12 semanas entre os melhores. Em 2025, esse número foi expandido para impressionantes 39 semanas no top 10.
Nas partidas contra jogadores do top 10 desde janeiro de 2024, Alex venceu 4 de 27 confrontos. Contudo, duas dessas vitórias aconteceram recentemente, nas últimas oito semanas, incluindo um triunfo em três sets contra Taylor Fritz, dos Estados Unidos, no ATP Finals.
Para o australiano, a sensação é de que está cada vez mais perto de competir regularmente com os melhores do mundo. O objetivo agora é transformar frequentes quartas de final em semifinais e até finais. “Eu ainda sinto que tenho mais para dar”, afirmou ele após a vitória sobre Fritz. “Ainda não atingi meu auge. Também preciso tomar cuidado com a pressão que coloco sobre mim, porque isso pode me levar a lugares escuros. Preciso encontrar um equilíbrio saudável.”
Além disso, De Minaur reconhece que precisa tornar seu jogo mais agressivo e com um ritmo mais acelerado para bater os melhores: “Como vimos nos últimos jogos, tenho a habilidade de jogar um tênis mais rápido e agressivo. Acho que é isso que precisa aparecer para vencer os maiores jogadores do mundo.”
Grande parte das derrotas recentes contra o top 10 vieram pelo próprio Sinner ou pelo espanhol Carlos Alcaraz, dois dos maiores talentos da atualidade, o que mostra o desafio que Alex ainda enfrenta para alcançar o topo.
No panorama geral de 2025, o australiano mostrou muita consistência. Terminou o ano novamente entre os 10 melhores do mundo e conquistou a terceira maior número de vitórias em quadras duras na temporada, atrás apenas da dupla de peso formada por Alcaraz e Sinner.
A temporada começou com a primeira semifinal de De Minaur no Australian Open, seguidas por uma final em Roterdã e as quartas de final no Masters 1000 de Monte Carlo, disputado no saibro.
Na segunda metade do ano, ele conquistou seu 10º título de ATP em Washington, chegou às quartas de final dos Masters do Canadá e do US Open, alcançou a marca de 300 vitórias na carreira e garantiu vaga no ATP Finals pelo segundo ano consecutivo.
“Foi mais uma temporada positiva para mim. Ficar entre os dez melhores, ou top oito, é uma boa conquista. Ganhei muitas partidas neste ano”, afirmou após a eliminação para Sinner em Turim.
Ainda assim, ele quer mais e tem claro o que será necessário para avançar ainda mais: “Para dar o próximo passo, preciso estar mais descansado, não colocar tanta pressão sobre mim e, no fim das contas, crescer nos grandes torneios. É isso que vai me permitir sair do que fui nos últimos dois anos para, potencialmente, estar entre os cinco melhores e buscar coisas maiores e melhores.”
Enquanto isso, os fãs brasileiros e de todo o mundo já podem se preparar para o retorno do lendário Kooyong Classic, que acontece em janeiro de 2026, na tradicional casa do tênis australiana. Jogadores como Musetti, Bublik, Khachanov, Berrettini, Hurkacz, Tien, Vekic, Hantuchova e outros nomes de peso já estão confirmados para esse evento que marca a virada do verão do tênis.
Para mais informações sobre ingressos e hospitalidade corporativa, acesse http://www.kooyongclassic.com.au.
Fonte: The First Serve
