Alexander Bublik viveu uma temporada de 2025 incrível e cheia de superação. O tenista cazaque chegou ao melhor ranking da carreira, alcançando o 11º lugar no mundo e conquistando quatro títulos importantes ao longo do ano. Mas poucos sabem que quase viu tudo isso acabar bem antes.
No início da temporada, Bublik enfrentou sérios problemas de desempenho. Após um fim de 2024 abaixo do esperado, o brasileiro naturalizado cazaque não conseguiu passar da primeira rodada em muitos torneios, incluindo uma derrota em sets diretos para Francisco Cerundolo no Australian Open. Sua queda no ranking fez com que ele ficasse à beira de sair do top 100, situação que o deixou muito preocupado e refletindo até mesmo em abandonar a carreira.
Em entrevista à Tennis Magazin, Bublik revelou: “Eu estava muito insatisfeito comigo mesmo no final da última temporada e também no começo desta. Cheguei a pensar em terminar minha carreira por medo de sair do top 100, isso mudaria tudo.” Para espairecer, ele passou alguns dias em Las Vegas, mas voltou ainda preocupado. A partir dali, encarou seu desafio como uma verdadeira missão.
A virada veio a partir da mudança em sua rotina: ele testou diferentes equipamentos, diversifyou sua rotina de treinos e melhorou aspectos técnicos, principalmente seu forehand no saibro, surface onde se sente mais confortável. Além disso, trocou de raquete por um modelo mais leve, pesando 291 gramas, o que ajudou bastante na sua consistência e confiança.
No circuito Challenger, Bublik já mostrou sinais de recuperação, chegando à final em Phoenix e conquistando o título em Turim. Mas o verdadeiro salto aconteceu em Roland Garros, onde o jogador de 28 anos fez sua primeira semifinal de Grand Slam, superando nomes como Alex de Minaur e Jack Draper antes de ser eliminado pelo italiano Jannik Sinner.
A temporada de Bublik no ATP Tour ganhou ainda mais força na grama de Halle, onde venceu Sinner, ex-número 1 do mundo Tomas Mahac, Karen Khachanov e Daniil Medvedev para conquistar seu primeiro título ATP desde fevereiro de 2024. Apesar de um Wimbledon apagado, voltou a brilhar no saibro europeu, vencendo torneios consecutivos em Gstaad e Kitzbuhel.
Mesmo sem repetir o desempenho no US Open, onde cruzou novamente com Sinner, Bublik conquistou mais um título em quatro semanas, agora na Azja em Hangzhou, China. A escalada continuou no Paris Masters, onde alcançou sua primeira semifinal em Masters 1000, o que o colocou na lista de possibilidades para futuros ATP Finals.
Com quatro títulos na temporada, ficando atrás apenas de Carlos Alcaraz (8) e Jannik Sinner (6), Bublik sente que está no caminho certo. “Não sabia dessa estatística, mas para mim isso confirma que estou na direção certa. Meu objetivo agora é entrar no top 10, seria um sonho. Sinto que se eu usar todo meu potencial e continuar focado, eu realmente posso conseguir”, declarou.
Com uma carreira marcada por altos e baixos, mas principalmente pela superação, Alexander Bublik mostra que determinação e ajustes certos podem transformar quase desistência em ascensão no tênis mundial.
Fonte: Tennis Up To Date
