O britânico Andy Murray, um dos maiores nomes da história do tênis, revelou em entrevista recente ao The Tennis Podcast que ficou desapontado com os resultados enquanto esteve como treinador de Novak Djokovic, seu antigo rival nas quadras.
Murray assumiu a equipe técnica de Djokovic em novembro de 2024, apenas três meses depois de encerrar sua carreira como jogador profissional, que foi oficializada nas Olimpíadas de Paris naquele ano. Apesar do entusiasmo inicial, a parceria durou cerca de seis meses e incluiu a preparação para o Australian Open de 2025 e mais três torneios importantes.
“Quando olho para trás, fico feliz por ter aceitado o desafio”, comentou Murray. “Foi uma experiência incrível, mas não durou muito tempo e eu realmente me dediquei ao máximo.”
O britânico, que conquistou três títulos de Grand Slam em uma era dominada por Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal, destacou que esperava que o tenista sérvio tivesse um desempenho melhor sob sua orientação. “Fiquei desapontado, provavelmente não tivemos os resultados que eu gostaria de ter conseguido para ele.”
No Australian Open 2025, Djokovic teve bons momentos, chegando às semifinais após derrotar o jovem talento Carlos Alcaraz. No entanto, uma lesão o forçou a abandonar a competição na disputa das quartas de final contra Alexander Zverev. Depois desse incidente, o sérvio enfrentou meses difíceis, com eliminações precoces no Qatar e em Indian Wells, antes de perder para o jovem checo Jakub Mensik na final do Miami Open.
“No começo, tudo estava indo muito bem, e foi uma pena o que aconteceu com a lesão na Austrália. Mas eu vi ele jogar tênis de altíssimo nível naquele torneio”, lembrou Murray. “Depois da lesão, não foi fácil para ele, nem para a equipe ou para mim.”
Além de analisar o aspecto dos resultados, Murray aproveitou para refletir sobre o aprendizado na nova função. “Eu aprendi muito sobre o que significa ser treinador. Me dediquei totalmente, tentei ajudar da melhor forma possível e ainda fiz ótimas conexões com a equipe dele durante esse período.”
Fora das quadras, o escocês compartilhou um pouco de sua vida pessoal e disse estar curtindo a aposentadoria. Pai de quatro filhos com a esposa Kim, ele confessou ter tido dúvidas antes de parar de jogar, mas afirmou ter certeza que tomou a decisão certa.
“Eu não sabia como seria (a aposentadoria), se eu ia gostar ou sentir falta do tênis. Tive um pouco de nervosismo antes de parar. Mas sei que fiz a escolha certa no momento certo e não me arrependo de nada”, afirmou. “Adoro ser pai e passar tempo em casa com os meus filhos é sensacional.”
Andy Murray segue ativo no mundo do tênis, seja como comentarista, treinador eventual ou em projetos voltados para o esporte, mantendo sua ligação com o circuito e os fãs que o acompanham desde os tempos de luta contra Djokovic, Federer e Nadal.
Fonte: The Daily Star
