Andy Murray, ícone do tênis britânico e duas vezes campeão de Wimbledon, revelou em entrevista recente que está aberto a voltar à carreira de treinador, mas com uma condição importante: o jogador treinado precisa ser britânico e baseado em Londres.
Desde que encerrou sua carreira como tenista profissional nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, Murray tem aproveitado seu tempo longe das quadras focando na família e em seu novo hobby, o golfe. Durante um período breve, no começo de 2025, ele foi treinador de Novak Djokovic, uma parceria que durou até pouco antes do sérvio conquistar seu 100º título no circuito, no ATP de Genebra.
Apesar da experiência enriquecedora com Djokovic, Murray destacou as dificuldades de estar na estrada prea continuar em coaching, principalmente pelo desgaste de ficar longe da família. “Se for um jogador britânico baseado em Londres, fica mais fácil, porque nas semanas sem torneios você está perto de casa. Mas para atletas que vivem em outros lugares, isso significa muito tempo longe da família, e não tenho interesse nisso agora”, afirmou o ex-número 1 do mundo.
Além do desafio na rotina, Murray comentou que durante seu trabalho com Djokovic teve problemas de comunicação com outros membros da equipe por causa da barreira do idioma, o que pode ter influenciado sua vontade de voltar a treinar alguém do próprio país.
Ausência sentida em Wimbledon 2025
Outro ponto que chamou atenção foi a ausência de Andy Murray no Torneio de Wimbledon de 2025, torneio onde ele conquistou dois títulos históricos (2013 e 2016), que o transformaram em um dos maiores nomes do tênis britânico na Era Aberta. Ele contou que passou de carro perto do All England Club dias antes da competição, mas não sentiu vontade de entrar ou de competir novamente.
“A única vez que estive nas redondezas, foi para um trabalho com a Yonex, que tem uma casa bem atrás de Wimbledon. Eu passei de carro e pensei: ‘Seria legal estar jogando’, mas só isso. Eu não bato mais bola em quadra. Jogo golfe e, às vezes, bato bola em casa com minha esposa ou filhos, mas para competir não”, revelou.
Golfe e planos para o futuro
Desde sua aposentadoria, Andy Murray se dedica mais ao golfe e já participou de torneios amadores como o BMW PGA Pro-Am em Wentworth, onde até usou uma madeira 7 para alcançar o green no buraco 9. Ele já planeja disputar as qualificatórias regionais do Open em 2027, mostrando que o esporte segue como parte importante de sua vida.
Com um legado marcado por conquistas monumentais para o tênis britânico, Murray mantém o tênis vivo em seu coração e pode muito bem voltar ao circuito, mas agora com a experiência e sabedoria adquiridas, só que nas funções de técnico para um talento da terra da Rainha.
Fonte: FirstSportz