Desde que anunciou sua aposentadoria do tênis em 2023, o escocês Andy Murray tem dedicado boa parte do seu tempo ao golfe, um esporte pelo qual demonstra verdadeira paixão. Bicampeão de Wimbledon e medalhista olímpico, Murray encerrou sua carreira nas quadras durante as Olimpíadas de Paris, em 2024, após um período marcado por lesões que limitaram seu desempenho.

Poucos meses depois de pendurar a raquete, o tenista de 38 anos assumiu temporariamente o posto de treinador do sérvio Novak Djokovic, mas a parceria durou apenas seis meses. Sem pressa para retornar às quadras, Murray vem participando de vários torneios Pro-Am de golfe, mostrando seu interesse em se consolidar na nova modalidade.

O sonho de ser caddie

Desde 2021, ano em que ainda estava próximo do fim da carreira no tênis, Murray revelou ao The Gentleman’s Journal seu desejo de se tornar caddie – o profissional que carrega as bolsas dos golfistas e auxilia na tomada de decisões durante as partidas. Para ele, essa seria uma maneira de se manter próximo do esporte, aprendendo com jogadores de elite.

“Eu adoro esportes e penso que trabalhar em outro esporte depois de parar de jogar seria algo bacana. Gosto muito de golfe, então ser caddie em um circuito profissional seria incrível para ficar pertinho dos grandes golfistas e aprender na prática”, comentou.

No programa “The Romesh Ranganathan Show”, o ex-tenista reforçou esse sonho e destacou o jovem golfista Robert MacIntyre, da Escócia, como o atleta ideal para acompanhar na função. “Estou considerando seriamente ser caddie profissional em algum momento. Imagine carregar o saco do MacIntyre na vitória de um torneio importante, como o Open. Esse é meu trabalho dos sonhos”, disse Murray.

Impacto no golfe e a busca por se tornar um jogador scratch

Pouco tempo após sua despedida oficial do tênis, Andy postou um vídeo mostrando seu swing no golfe, prometendo que estava começando sua jornada rumo a ser um jogador scratch, ou seja, com handicap zero, considerado nível de jogador avançado.

Ele explicou que, apesar de amar golfe, teve que dar um tempo por conta de problemas na coluna. “Vou jogar muito golfe daqui para frente. Meu objetivo é baixar o handicap até ser scratch. Sempre gostei do jogo, só não joguei muito nos últimos cinco ou seis anos por causa das dores nas costas”, admitiu.

Participação em eventos e a abertura para desafios

Mesmo tendo participado de alguns torneios Pro-Am, Murray não pensa em virar golfista profissional. Porém, o atleta revelou planos de tentar a classificação regional para o Open Britânico, um dos majors mais prestigiados do golfe mundial.

“Não tenho a pretensão de jogar o Open, mas adoraria tentar jogar uma fase classificatória regional. Alguns amigos meus participaram e dizem que é uma experiência divertida. Sei que o nível é altíssimo, muito além do que a maioria dos amadores consegue alcançar, mas seria legal tentar”, compartilhou.

Vida pessoal e golfe: apoio da família

Apesar de estar cada vez mais focado no golfe, Murray garante que sua esposa, Kim Sears, apoia seu novo hobby. “Acho que ela não quer me ver dentro de casa o dia todo, então ficar no campo é ótimo para os dois. Ela só pede para eu ajudar nos horários dos filhos”, contou em entrevista.

Os filhos do casal também se divertem com a nova rotina do pai. “Meus filhos acham que eu sou golfista e sempre perguntam por que eu jogo todos os dias. Eu fico feliz por poder praticar algo que gosto e que me deixa bem depois das dores nas costas terem melhorado”, brincou.

Com um futuro promissor no golfe, Andy Murray mostra que sua paixão pelo esporte vai além das quadras de tênis e que a vontade de aprender e se reinventar está mais viva do que nunca.


Fonte: WalesOnline