Andy Murray, um dos maiores tenistas britânicos da história e múltiplo campeão de Grand Slam, abriu o jogo sobre um momento bastante embaraçoso que viveu logo no seu primeiro dia como treinador de Novak Djokovic, atual nº 1 do mundo e dono de 24 títulos de Grand Slam.

A parceria entre Murray e Djokovic, que chocou o mundo do tênis quando foi anunciada no ano passado, durou cerca de seis meses. Durante esse período, o sérvio alcançou resultados impressionantes, como final do Miami Open e semifinal do Australian Open, onde eliminou o jovem astro espanhol Carlos Alcaraz. A colaboração começou poucos meses depois que Murray encerrou sua carreira nas quadras, durante as Olimpíadas de Paris.

No entanto, em entrevista ao Tennis Podcast, Murray relatou que recebeu um convite do preparador físico de Djokovic para acompanhá-lo numa corrida lenta no parque pouco depois do treino de tênis. Apesar de não ter corrido seriamente desde os 25 anos — ele sempre priorizou treinos em quadra ou exercícios específicos —, Murray aceitou o desafio, sem querer desapontar o novo “aluno”.

Ele destacou: “Eu pensei: é meu primeiro dia de trabalho, não posso recusar. Ele disse que seria uma corrida curta e tranquila, mas acabou sendo cerca de 50 minutos, com subidas pesadas. E depois de uns quatro ou cinco minutos, minha panturrilha esquerda deu uma cãibra. Foi horrível. Eu não queria que o Djokovic visse, é muito constrangedor passar por isso logo no começo. Mesmo assim, terminei a corrida com muita dor.”

Sem querer expor a situação para Djokovic, Murray pediu ajuda à equipe técnica do tenista sérvio: “Falei com o pessoal dele, pedi ajuda porque não conseguia nem parar. Eu estava meio nervoso, não queria mostrar fraqueza para alguém que eu enfrentei por tantos anos em quadra. Foi, sem dúvida, um momento bem embaraçoso para mim.”

Segundo Murray, a corrida devia ser algo simples dada a velocidade lenta, mas o fato de ele estar fora de forma, junto com a possibilidade de desidratação ou nervosismo, fizeram o corpo reagir mal.

Apesar desse perrengue, o ex-número 1 do mundo não resistiu ao convite de trabalhar com Djokovic, a quem considera um dos maiores atletas de todos os tempos. Porém, ele não pensa em continuar na carreira de treinador após a breve passagem de seis meses e atualmente aproveita seu tempo livre em casa.

Fonte: The Express