Amanda Anisimova tem mostrado muita garra para superar desafios pessoais e profissionais nessa temporada. A jovem americana de 24 anos está pronta para sua grande chance de conquistar um título de Grand Slam ao enfrentar Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo e campeã defensora, na final do US Open, disputada no calor de Nova York.

Nos dias que antecederam o torneio, Anisimova confessou que foi difícil manter a calma. A pressão para performar bem era grande, especialmente após o duro revés sofrido na final de Wimbledon, quando perdeu de forma pesada para Iga Swiatek (6-0, 6-0). Para muitos, aquele momento humilhante poderia ter sido um ponto de ruptura na carreira, mas para Amanda, foi um estímulo para crescer e buscar evolução.

A americana é conhecida por sua técnica refinada e golpes precisos. Dona de um dos backhands com as duas mãos mais potentes da WTA, Anisimova consegue acelerar a bola precocemente, mudando direção e ritmo, surpreendendo adversárias. Isso ficou evidente nos confrontos recentes: após bater Swiatek, ela dominou Naomi Osaka, mesmo enfrentando nervosismo no início do jogo, demonstrando resiliência e concentração durante quase três horas de partida.

Esse progresso mental não veio do nada. Após tirar uma pausa de oito meses em 2023 para cuidar da saúde mental, Anisimova vem trabalhando bastante para controlar a ansiedade e fortalecer sua confiança em momentos decisivos. Em entrevista, ela revelou que terapia e o apoio da família foram fundamentais para essa recuperação. Até encarou os highlights da derrota em Wimbledon antes da semifinal do US Open, rindo ao admitir que viu sua própria lentidão, aprendizado que ajudou a evitar os mesmos erros.

A semifinal contra Sabalenka promete ser eletrizante. A bielorrussa, múltipla campeã de Grand Slam, tem uma campanha incrível em finais de quadras rápidas, incluindo seis finais nesse tipo de superfície, mas sua dificuldade em lidar com a pressão nas decisões ainda é notória. Sabalenka foi dominante contra Jessica Pegula, mostrando coragem e poder nos momentos cruciais, o que deixa a expectativa alta para o duelo.

Será o décimo encontro entre as duas jogadoras, com a americana levando vantagem no histórico (6 vitórias a 3). O último encontro, nas semifinais da grama em Wimbledon, foi a maior vitória da carreira de Anisimova até então. Agora, com ainda mais em jogo, ambas buscam não só o troféu, mas também superar seus próprios fantasmas para reescrever essa história.

A final do US Open não é apenas uma partida, é uma luta pela redenção, pela conquista e pelo futuro promissor no tênis mundial. E Amanda Anisimova chega determinada a fazer valer todo o esforço e resiliência dessa jornada.

Fonte: The Guardian