Ben Shelton, uma das grandes promessas do tênis americano, tem enfrentado um momento complicado depois do US Open, e ex-jogadores da seleção dos EUA, John Isner e Steve Johnson, comentaram recentemente sobre o que consideram uma “infeliz fase” para o jovem de 23 anos. Em uma conversa franca no podcast Nothing Major, Johnson atribuiu a queda de rendimento de Shelton a um fator crucial: uma grave lesão no ombro.
Shelton vinha brilhando na temporada, especialmente após conquistar seu primeiro título Masters 1000 no ATP Masters 1000 do Canadá, um feito que chamou a atenção de toda a comunidade do tênis. Além disso, ele teve ótimos desempenhos: foi vice-campeão em Munique, alcançou as semifinais do Australian Open e do ATP 250 de Stuttgart, e também chegou às quartas de final de torneios importantes como Indian Wells, Wimbledon, Cincinnati e Paris. Tudo indicava que ele estava num crescimento vertiginoso no circuito.
Porém, como muitas histórias no tênis, a trajetória do jovem americano sofreu um revés inesperado no US Open. Depois de vitórias sólidas nas duas primeiras rodadas, Shelton teve um confronto duríssimo na terceira rodada contra Adrian Mannarino, da França. Durante a partida, o americano sofreu uma lesão séria no ombro que o obrigou a se retirar do jogo, mesmo com o placar empatado em sets bastante disputados (6-3, 3-6, 6-4, 4-6). A cena emocionou fãs do mundo todo, já que ele deixou a quadra chorando devido à dor intensa.
John Isner, conhecido por sua experiência e longa trajetória no tênis mundial, comentou que Shelton teve um azar enorme no US Open, e que sem a lesão, provavelmente estaria muito bem posicionado no ranking ATP. “Ele teve um azar enorme no US Open. Muito provavelmente já estaria bem colocado entre os melhores do mundo”, disse o ex-jogador.
Steve Johnson, outro veterano da modalidade, ressaltou que o jogo atlético e agressivo de Shelton, marcado por movimentos explosivos e deslizes de preparação impressionantes, acabou cobrando seu preço. “A impressionante habilidade atlética dele acabou cobrando um preço no final da temporada. Muitos de nós não conseguiríamos alcançar aquelas bolas, mas infelizmente isso acabou causando a lesão.”, contou.
Depois do imprevisto no Grand Slam americano, Shelton voltou às quadras no Masters de Xangai, mas caiu ainda na segunda rodada para David Goffin. Em Basel, mais uma eliminação precoce, embora tenha mostrado sinais de recuperação com uma boa campanha até as quartas de final no ATP 1000 de Paris.
Apesar das dificuldades e da instabilidade causada pela lesão, Shelton conseguiu garantir vaga no ATP Finals em Turim, um reconhecimento pela temporada de alto nível antes da lesão. Contudo, no torneio de encerramento, ele não conseguiu encontrar seu ritmo, perdendo suas três partidas na fase de grupos.
Embora esse período tenha sido desafiador, a trajetória e o potencial de Ben Shelton continuam atraindo olhares atentos, e tanto especialistas quanto fãs aguardam sua plena recuperação e retorno ao topo do tênis mundial.
Fonte: Pro Football Network
