A China está determinada a se posicionar como uma potência global no tênis. Em um plano detalhado divulgado recentemente, o país pretende transformar toda sua estrutura esportiva para impulsionar a modalidade, desde a formação de jogadores até a expansão das competições nacionais.

O objetivo é claro: desenvolver um ecossistema competitivo que possa revelar atletas de ponta, criar marcas próprias de torneios e ampliar significativamente a infraestrutura, com mais quadras e centros de treinamento espalhados por cidades, vilarejos e escolas.

No documento oficial, divulgado na última quarta-feira pela entidade máxima do esporte no país, destaca-se a meta de formar mais de 10 tenistas profissionais entre os 100 melhores do mundo, além de aumentar para mais de 100 o número de jogadores e técnicos chineses atuando em competições internacionais. Um salto notável para um país que, nos últimos anos, vem elevando seu nível no tênis.

Esse crescimento ficou ainda mais evidenciado após Zheng Qinwen, jovem de 22 anos e uma das maiores promessas do tênis chinês, conquistar a medalha de ouro em simples nas Olimpíadas de Paris 2024 – um marco histórico que impulsionou o interesse da população pelo esporte.

Além dela, nomes como Zhang Shuai, Zhang Zhizhen e Wu Yibing têm ganhado destaque em torneios Grand Slam e no circuito ATP, mostrando que o tênis chinês está cada vez mais competitivo e visível no cenário internacional.

Para ampliar ainda mais essa base, o governo chines planeja implantar 10 “províncias fortes em tênis” e 100 “cidades fortes em tênis”, equipadas com centros de treinamento voltados para a juventude e dezenas de milhares de clubes de tênis para estimular a prática desde cedo.

Outro ponto do plano é fortalecer a “economia dos torneios de tênis”, aumentando o número de eventos pelo país e promovendo o consumo relacionado ao esporte, seja em equipamentos, produtos culturais ou em roteiros turísticos focados no tênis.

A estratégia prevê ainda uma integração profunda entre o desenvolvimento dos torneios e o crescimento urbano, visando movimentar as economias locais e posicionar o tênis como um fator de progresso social e econômico.

Com essa ampla visão, a China quer não só revelar talentos e sediar grandes eventos, mas também transformar o tênis em um componente essencial da cultura esportiva e do lazer nacional.

Fonte: The Straits Times