Em 2023, a jovem americana Coco Gauff sacudiu o mundo do tênis ao conquistar seu primeiro título de Grand Slam no US Open. Com apenas 19 anos, ela se tornou a primeira adolescente dos Estados Unidos a vencer esse torneio desde Serena Williams, que fez história em 1999. Naquele ano, Gauff, que entrou como sexta cabeça de chave, superou adversárias fortes como Caroline Wozniacki, Karolina Muchova e Aryna Sabalenka para erguer o troféu.
Antes desse título, Gauff já mostrava sinais de seu potencial com várias campanhas até as quartas de final, além de uma final disputada em Roland Garros 2022, chegando perto do título no saibro parisiense. Sua conquista em Flushing Meadows abriu as portas para um novo patamar na carreira da jovem, que em 2024 já somava outra vitória de peso: o título de Roland Garros, além de uma semifinal no Australian Open.
O legado e o sucesso de Gauff receberam atenção especial de uma lenda do tênis, a americana Chris Evert, vencedora de 18 Grand Slams. Após a vitória de Coco, Evert comentou sobre a diferença entre a trajetória da americana e da britânica Emma Raducanu, campeã surpresa do US Open em 2021. Raducanu fez história ao ser a primeira qualificatória a ganhar um Grand Slam, sem perder nenhum set durante o torneio, além de ser a primeira mulher britânica a vencer um Major desde Virginia Wade, em 1977.
No entanto, Evert apontou que o título conquistado por Raducanu aos 18 anos pode ter trazido um peso emocional difícil de administrar para uma jovem ainda em desenvolvimento. Em entrevista ao Telegraph, a ex-tenista disse: “Fico feliz que Coco Gauff não tenha vencido tão jovem, porque isso pode ser ruim para alguns jogadores. Olhe para Emma Raducanu, isso coloca muita pressão sobre a atleta, que ainda não está completamente preparada emocionalmente. Coco agora está pronta para vencer.”
Desde seu triunfo, Raducanu vem enfrentando dificuldades para repetir o sucesso inicial. Aos 23 anos, sua melhor campanha em Grand Slams após o US Open de 2021 foi alcançar a quarta rodada em Wimbledon 2024. Em outras competições importantes, como Australian Open, Roland Garros e os próprios US Open de 2024 e 2025, ela teve eliminações precoces, com resultados como segunda e terceira rodadas. Além disso, lesões atrapalharam sua regularidade nas temporadas seguintes, afastando-a das quadras em vários momentos.
Enquanto isso, Gauff continua a crescer com naturalidade, conquistando títulos e se firmando entre as principais jogadoras do circuito mundial. A diferença de trajetória entre as duas jovens estrelas do tênis feminino chama a atenção para o desafio que é lidar com a pressão precoce no esporte de alto rendimento.
Fonte: The Tennis Gazette
