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Roland Garros: Guia visual do lendário tênis no saibro com história, estrelas e emoções à flor da pele

7 de junho de 2025 às 21:25

Está na hora de decidir quem será o novo rei ou rainha de Paris! Chegamos à reta final do Roland Garros, um dos torneios mais tradicionais do tênis mundial, conhecido por seu saibro vermelho vibrante, torcida animada e atmosfera única, cheia de glamour e emoções.

O mundo do tênis está de olho na batalha épica que vem acontecendo na capital da moda e do estilo, com jogos incríveis desde o começo do torneio. De um lado, a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, que venceu uma dura batalha contra a tetracampeã e atual campeã, Iga Świątek, para garantir seu lugar na final feminina. Sua adversária na decisão será a jovem promissora dos EUA, Coco Gauff, que superou Lois Boisson, mudando o desenho da competição e prometendo um duelo cheio de emoção.

Enquanto isso, no lado masculino, o jovem talento espanhol Carlos Alcaraz conquistou seu lugar na final ao derrotar o experiente Lorenzo Musetti, da Itália. Ele enfrentará o número 1 do mundo, Jannik Sinner, com quem poderá fazer uma final inesquecível. Ambos prometem muitos momentos incríveis na quadra vermelha, que é famosa por exigir resistência física e estratégia diferenciada.

Mas por que tanta gente fala que jogar no saibro é um desafio tão especial? A resposta está nas características únicas dessa superfície. Apesar de ser comunmente chamado de “saibro”, na verdade, as quadras possuem apenas uma camada de 1 a 2 milímetros de tijolos de argila vermelha triturada, que dão ao piso sua coloração vibrante. Essa camada empoeirada oferece mais resistência, menor velocidade de jogo e muita fricção, o que possibilita um jogo mais longo, com trocas de bolas de tirar o fôlego.

Jogar no saibro exige resistência física, paciência e inteligência tática, pois longas trocas e movimentos precisos são essenciais. Muitos dizem que, no saibro, os jogos se parecem com uma partida de xadrez, onde cada jogada deve ser cuidadosamente planejada para surpreender o adversário. A superfície também aumenta o efeito da bola, especialmente com golpes de top spin pesado, que saltam alto e dificultam a devolução.

Até mesmo o ícone Novak Djokovic, que domina várias superfícies, comenta que o saibro é uma das mais exigentes e que há sempre o risco de perder um ou dois golpes a mais do que no duro ou na grama. “É uma superfície muito desafiadora. Você sempre precisa estar atento e preparado para esperar o inesperado,” disse Djokovic recentemente, após vencer sua primeira partida no saibro após conquistar seu Golden Slam – uma temporada em que ganhou todas as quatro séries de torneios do grand slam mais as Olimpíadas.

O saibro também é palco de uma competição acirrada entre os principais circuitos profissionais: são 18 torneios do ATP Tour e 11 na WTA, com destaque para os grandes eventos que antecedem Roland Garros. Apesar do peso do saibro, o piso de cimento ou acrílico, mais rápido e resistente, ainda predomina na preferência da maioria dos jogadores profissionais, especialmente os americanos, que preferem superfícies duras.

Outro ponto importante é a igualdade de premiações: desde 2006, Roland Garros garante salários iguais para homens e mulheres, uma conquista importante que reforça a luta por igualdade de direitos no esportivo desde a década de 1970, quando o US Open foi pioneiro ao oferecer pagamento igualitário. Atualmente, as quatro disputas do grand slam mantêm a política de premiação equilibrada para fundir glamour, justiça e competitividade.

Falando de lendas, Rafael Nadal, o maior campeão em saibro da história, conquistou seu 14º título em Roland Garros em 2023, um recorde que parece inigualável. O espanhol anunciou sua aposentadoria dos torneios profissionais em novembro de 2024, mas deixou um legado imbatível e uma geração inspirada a superar seus feitos. A nova safra de jogadores, como Alcaraz e Sinner, já mostra que o espírito de Nadal está vivo, com chances reais de quebrar recordes e consolidar novas lendas.

O que diferencia Roland Garros dos demais grand slams é sua atmosfera única. Além das partidas, o evento se diferencia pelo charme parisiense, a moda sofisticada e, claro, as atrações com celebridades internacionais. Este ano, a jovem dona de uma medalha de ouro olímpica, Zheng Qinwen, apostou em um visual inspirado na lendária Suzanne Lenglen, com saia plissada até o tornozelo, embora ela tenha admitido que não se sente à vontade para usar na quadra. Serena Williams também marcou presença com seu icônico catsuit de 2018, logo após se tornar mãe, numa mistura de estilo e história.

O torneio atraí muitas celebridades, de atores a ícones da música, como Pharrell Williams e Ben Stiller, além de lendas do automobilismo, como Jackie Stewart, que fazem do evento uma verdadeira festa de estrelas.

Não podemos esquecer da torcida vibrante, famosa por seus gritos e cantorias apaixonadas. A tradicional saudação ao som de “En El Mundo” e os gritos de “Popopopopo pololoooo!” enchem o estádio de energia, criando uma atmosfera eletrizante.

Então, quem levará a taça neste final de semana? A dúvida é grande: será Sabalenka ou Gauff na finais femininas? E entre os homens, será Alcaraz, que quer repetir o feito de Nadal, ou Sinner, buscando sua primeira conquista no torneio? Uma coisa é certa: emoções e histórias inesquecíveis estão por vir.

Fonte: CNN