O tênis profissional é uma combinação intensa de habilidade, preparação física, viagens, partidas desgastantes, suor e ansiedade – a rotina diária de qualquer jogadora do circuito da WTA. Embora esta vida seja repleta de desafios, milhares de atletas ao redor do mundo lutam para fazer parte deste universo competitivo, com o ranking da WTA contando com mais de 1500 jogadoras e vários aspirantes surgindo a cada ano.
Para 2025, a WTA já anunciou as oito finalistas que estarão disputando as finais em Riyadh, evento inédito na capital saudita que promete movimentar mais de 15 milhões de dólares em premiações. Esta edição contará com torneios tanto de simples quanto de duplas, reforçando a tendência de ampliar a longevidade das carreiras das jogadoras, apesar do tênis ser tradicionalmente focado nas partidas individuais.
Entre as finalistas, Aryna Sabalenka se destaca pela consistência e determinação, embora ainda não tenha vencido com larga vantagem contra as principais rivais. Suas partidas costumam ser decididas em três sets apertados, demonstrando sua capacidade de administrar pressão – algo muito admirado no circuito.
Na sequência, a polonesa Iga Swiatek ocupa a segunda posição no ranking e, mesmo que recentemente não tenha repetido o desempenho explosivo do início de sua carreira, ainda está entre as melhores jogadoras do mundo. Detalhes como suas pausas estratégicas entre games e algumas polêmicas com árbitros mostram o estresse inerente às partidas de alto nível, mas sua qualidade técnica é indiscutível.
O futuro também está garantido com a presença das jovens americanas Coco Gauff e Amanda Anisimova, que enfrentam a pressão física e mental típica do rigoroso calendário global da WTA. Os Estados Unidos continuam sendo um celeiro de talentos no tênis feminino, e ambas já demonstram potencial para se tornarem referências.
Além delas, outras atletas da geração anterior, como Jessica Pegula e Madison Keys, também presentes em Riyadh, trazem uma abordagem mais tática e calculista às partidas. Com mais experiência, essas jogadoras em seus 30 anos ainda têm fôlego e habilidade para competir entre as melhores, trazendo consigo histórias de confrontos contra lendas como as irmãs Williams e Maria Sharapova.
Afinal, completam a lista a kazaca Elyna Rybakina, conhecida por seu jogo potente e estilo agressivo, embora precise administrar lesões frequentes, e a italiana Jasmine Paolini, com sangue misto africano e um jogo versátil, que já provou estar à altura das melhores, mesmo após períodos afastada por problemas físicos.
Além dos destaques individuais, a tecnologia tem papel fundamental na evolução do tênis moderno. Desde a introdução das raquetes de metal pela Wilson na década de 1960, passando por compostos químicos e estruturas aerodinâmicas inspiradas na indústria aeronáutica, os equipamentos atuais oferecem mais velocidade e potência, revolucionando a forma como o esporte é jogado. Raquetes robustas, feitas na Austrália, somadas a cordas que muitas vezes precisam ser trocadas mesmo sem estarem rompidas, fazem parte do arsenal técnico que torna o tênis cada vez mais intenso e veloz.
Esta revolução tecnológica reflete diretamente no estilo dos jogadores: o tempo para executar uma jogada diminuiu para menos de um segundo, o que demandou adaptações nos movimentos, trocas rápidas de posicionamento e técnicas mais refinadas. O ritmo frenético e a explosão física exigem stamina, força, velocidade e flexibilidade, características que hoje definem o atleta de elite.
Para quem ainda sente saudade da elegância clássica de nomes como Suzanne Lenglen ou Maria Estella Bueno, a modernidade traz um show visual diferente, intenso e acelerado, que pode ser melhor apreciado em replay. Enquanto isso, o público que assiste dos camarotes VIP deve aproveitar não só o conforto, mas também a emoção das disputas próximas e equilibradas que prometem fazer história em Riyadh.
O futuro do tênis feminino está sendo escrito neste instante, mesclando tradição, tecnologia e o talento dessas oito jogadoras finais da WTA, que vão mostrar muito mais que técnica: vão mostrar garra, adaptação e amor pelo esporte numa arena que calça o novo ritmo do tênis mundial.
Fonte: The Sunday Times
