Desde o primeiro contato com a bola, João Fonseca já mostrava que seu jogo tinha uma característica clara: o poder. Com apenas 19 anos, o jovem brasileiro vem chamando atenção no circuito profissional por um estilo agressivo, que mistura paixão e uma habilidade quase imparável, especialmente no seu forehand, sua principal arma.

João é aquele tipo de jogador que nunca tem medo de mandar a bola com tudo, e às vezes essa energia toda traz resultados surpreendentes na busca por um lugar entre os melhores do mundo. Seu forehand afiado é responsável por vários dos momentos mais emocionantes em suas partidas. Nesta temporada, Fonseca já faturou dois títulos do ATP Tour, incluindo um troféu de peso em Basel, na Suíça.

Na final de Basel, o brasileiro somou 29 pontos ganhos contra o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, mostrando que seu forehand não é só potente, mas também consistente. De acordo com os dados do torneio, a velocidade média de suas batidas ultrapassou os 130 km/h, muito acima da média dos principais jogadores, que costumam ficar entre 120 e 125 km/h.

“O que meu treinador sempre falava era: ‘Continue nessa pegada agressiva, mas trabalhe para ser mais consistente ao mesmo tempo’”, revelou Fonseca.

Esta vitória consagrou João como um dos campeões mais jovens do ATP 500 desde a implementação do formato em 2009, além de ser o jogador mais jovem a conquistar Basel desde 1989.

O Ponto de Virada e o Futuro Promissor

Mesmo ainda na adolescência, o talento de Fonseca é inegável e seu potencial para evoluir é enorme. Com melhorias na técnica e na tática, sua força pode se tornar ainda mais letal. Muitos especialistas apontam que ele tem tudo para brigar pelo topo do ranking e encarar nomes como Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, que vêm dominando as principais conversas do circuito masculino.

Após vencer o Next Gen ATP Finals, torneio que reúne os melhores jogadores abaixo dos 20 anos, Fonseca ganhou os holofotes do cenário internacional do tênis. Ele reforçou sua crescente reputação no início da temporada ao derrubar o top 10 Andrey Rublev em sets diretos, em um jogo que chamou a atenção de todo mundo.

Logo em seguida, levantou o troféu no Argentina Open, se tornando um dos mais jovens sul-americanos a conquistar um título nesse nível na Era Aberta. Apesar de não ter avançado às semifinais nas últimas grandes competições do ano, a vitória em Basel foi a confirmação de sua capacidade explosiva. Atualmente, Fonseca já está entre os 30 melhores do mundo, ocupando a 28ª colocação, e tem metas claras para o próximo ano.

“Um dos meus objetivos é entrar entre os jogadores cabeças de chave nos Grand Slams, estar no top 32”, afirma o brasileiro.

Uma Jornada de Dedicação e Inspiração

Desde pequeno, Fonseca constrói uma forte conexão com o tênis. No começo, foi difícil se adaptar ao circuito de torneios, mas com o tempo ele aprendeu a focar no jogo e controlar os impulsos que têm fora das quadras. Entre os momentos marcantes de sua trajetória, estão as finais que assistiu de Novak Djokovic e encontros com Roger Federer, que serviram como motivação e inspiração.

“Ele é meu ídolo; me inspira. Eu o vejo como pessoa, não como uma lenda, e isso é importante para o meu caminho”, diz Fonseca sobre seu encontro com Federer.

Sua parceria com a marca On, que também está ligada ao Federer, reforça seu crescimento dentro do tênis. Embora tenha começado no futebol, uma lesão fez com que mudasse o foco para as raquetes. “Eu era mediano no futebol, mas quando escolhi o tênis, tudo mudou”, conta.

Agora, Fonseca segue aprimorando sua técnica e conquistando fãs no mundo todo, inspirando uma nova geração de amantes do esporte.

Com cada torneio, o brasileiro ganha mais confiança e controle do jogo — uma mistura de agressividade com disciplina que promete colocar o Brasil cada vez mais forte no cenário do tênis mundial. Mais do que subir no ranking, ele sonha em deixar uma marca duradoura na história do esporte, enfrentando os melhores e criando um estilo único, que alia potência e resistência.

Fonte: Mezha