Carlos Alcaraz, atual número 1 do mundo, e Jannik Sinner, número 2, estão entre os principais nomes do tênis que estão pedindo mais dinheiro nos principais torneios do circuito ATP e WTA. Eles assinaram uma carta endereçada aos dirigentes dos Grand Slams, solicitando uma fatia maior da receita gerada pelos quatro maiores torneios do calendário.
Além de Alcaraz e Sinner, outros promissores jogadores como Jack Draper, além das estrelas femininas Aryna Sabalenka, Coco Gauff e Iga Swiatek, apoiam a proposta de aumentar em 6% o valor distribuído aos atletas – que hoje corresponde a 16% do total arrecadado nos torneios – chegando a 22%. Também estão sendo reivindicados benefícios adicionais como contribuições para aposentadoria, saúde e licença-maternidade.
No ano passado, o prêmio total dos Grand Slams ultrapassou a marca dos £325 milhões e pode chegar a £370 milhões até 2030, o que mostra a importância crescente do dinheiro envolvido no esporte.
A Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA), responsável pelo US Open, respondeu à carta datada de 18 de agosto. Segundo Brian Vahaly, co-CEO interino da USTA, e Stacey Allaster, que recentemente deixou o cargo, a entidade está aberta a melhorar a compensação dos jogadores, apontando que o prêmio do US Open cresceu 57% nos últimos cinco anos. Este ano, o valor total da premiação chegou a US$ 90 milhões (cerca de £67 milhões), mesmo com um dia extra na chave principal de simples.
A USTA destacou ainda o compromisso com diálogos “diretos, honestos e transparentes” com os jogadores para construir um futuro melhor para toda a comunidade do tênis, incluindo um calendário mais saudável, maior consulta aos atletas e mais valor financeiro para todos os envolvidos.
Embora Novak Djokovic, um dos principais líderes nesta luta e cofundador da Associação dos Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA), tenha assinado uma carta inicial no começo do ano como parte de um processo antitruste contra ATP, WTA, Federação Internacional de Tênis (ITF) e a agência de integridade do esporte, ele não consta na segunda carta enviada.
A PTPA surgiu como uma resposta ao questionamento sobre a distribuição dos recursos no tênis, destacando que o US Open gerou mais receita com a venda de um coquetel especial (cerca de £9,5 milhões) do que pagou aos campeões masculino e feminino juntos. Menos de dois meses após o início do processo, ATP e WTA entraram com pedido para sua rejeição.
A luta dos jogadores segue firme para acelerar uma necessária reforma no sistema do tênis, buscando maior transparência, justiça e valorização para os atletas que fazem o espetáculo acontecer.
Vale lembrar que Alcaraz e Sabalenka receberam mais de £5,5 milhões cada ao conquistarem o US Open na última temporada, o maior valor já pago a campeões até então.
Fonte: The Sun
