
Lorenzo Musetti fala sobre os desafios de ter muita variação no seu jogo no ATP Canadá
27 de julho de 2025 às 23:51
No cenário do tênis mundial, a próxima edição do ATP Masters 1000 do Canadá promete ser bastante interessante, principalmente com a presença do italiano Lorenzo Musetti, atual número 7 do mundo e terceiro cabeça de chave do torneio, que busca reencontrar seu melhor ritmo após eliminações inesperadas nas primeiras rodadas de Wimbledon e do Mubadala Citi DC Open.
O Masters canadense, também conhecido como National Bank Open, sofreu diversos desfalques importantes para essa edição. Quatro dos seis melhores jogadores do mundo e diversos atletas no top 45 anunciaram ausência, abrindo o chaveamento e fornecendo oportunidades para tenistas fora do top 40 conquistarem cabeças de chave e até mesmo avanços automáticos na primeira rodada. Isso acabou beneficiando Musetti, que recebeu um sorteio bastante favorável em Toronto, sem enfrentar nenhum adversário do top 10 antes das semifinais.
Essa situação aparece em boa hora para o jogador italiano, que não tem pontos a defender no Canadá este ano, especialmente com a ausência de nomes como Jannik Sinner, Carlos Alcaraz, Jack Draper e Novak Djokovic. Musetti havia optado por não participar do torneio no ano anterior por conta dos Jogos Olímpicos de Paris, nos quais conquistou a medalha de bronze após derrotar o canadense Felix Auger-Aliassime, marcando a segunda medalha olímpica da Itália no tênis.
Apesar da empolgação, Musetti tem pela frente desafios importantes na temporada norte-americana de quadras rápidas, pois precisará defender 50 pontos no Masters de Cincinnati e 100 pontos no US Open.
Em coletiva pré-torneio, o jovem de 23 anos falou sobre um aspecto complicado do seu tênis: a grande variedade de armas e estilos disponíveis em seu repertório. “Meu tênis às vezes é complicado. Tenho tantas variações, e escolher a certa muitas vezes é difícil. Me vejo em situações onde preciso decidir, e como dirigir, não é fácil sempre fazer a melhor escolha.”
Esse estilo versátil é uma das marcas registradas de Musetti, que utiliza com frequência drop shots, slices defensivos de backhand e estratégias de serve and volley, tornando seu jogo imprevisível. No saibro, sua mão esquerda habilidosa com um backhand à uma mão fluido levou-o a pelo menos as semifinais de todos os torneios disputados nesse piso na temporada.
Além das questões técnicas, o italiano também compartilhou um lado pessoal importante: a motivação que encontra na família, mesmo enfrentando a distância das viagens no circuito. Pai de Ludovico, de um ano, com sua parceira Veronica Confalonieri — que espera o segundo filho do casal — Musetti afirmou que a presença deles na gira é fundamental para manter sua força. “É uma motivação para jogar bem por eles, embora às vezes seja muito difícil ficar longe. Com Ludovico crescendo e começando a entender o mundo, não é simples. Por sorte, Veronica me entende completamente e me apoia em tudo; isso é o que mais me conforta. Em Nova York, eles vão se juntar à minha equipe para finalmente ficarmos todos juntos em um Grand Slam.”
Para o torneio canadense, Musetti mira seu segundo título em quadra dura e sua primeira conquista em um Masters 1000. Ele chegou à sua primeira final nessa categoria no Masters de Monte Carlo este ano. Contudo, seu início na temporada norte-americana de quadras rápidas não foi dos melhores, com uma derrota na estreia para o britânico Cameron Norrie em Washington, que por sua vez acabou eliminado na rodada seguinte.
Com um draw favorável e o apoio da família, o italiano tem tudo para surpreender e fazer bonito no Canadá.
Fonte: FirstSportz