O experiente croata Marin Cilic, ex-finalista de Wimbledon, não poupou críticas à ATP nas vésperas do ATP 250 de Hangzhou, que começa nesta quarta-feira. Atual campeão do torneio chinês, o tenista de 36 anos prometeu voltar com tudo para defender seu título, buscando o bicampeonato em um evento que dura sete dias.

Mas Cilic já manifesta preocupação antes mesmo de jogar sua primeira partida: as condições climáticas extremas que a organização planejou para a estreia, com temperaturas previstas de até 37ºC. Em sua conta no Instagram, ele publicou um pedido público à ATP para que o órgão priorize o bem-estar dos jogadores e adote medidas para proteger os atletas do calor intenso.

“Regra do calor existe? [dedos cruzados] para que todos fiquem saudáveis nesses próximos dois dias. Todos os jogos deveriam ser disputados sob o teto do estádio, com ar-condicionado — isso é perigoso e doido”, escreveu Cilic em sua história.

Apesar do calor extremo previsto para o dia da estreia, as temperaturas devem amainar a partir de quinta-feira, caindo para cerca de 29ºC — ainda quente, mas menos arriscado para a saúde dos jogadores.

O croata, que alcançou a final de Wimbledon em 2017, terá concorrência pesada, com nomes de peso como Daniil Medvedev e Andrey Rublev buscando o título.

Cilic não é o único jogador a criticar a ATP recentemente. Alexander Zverev, um dos principais nomes do circuito, abriu o jogo sobre o novo formato dos torneios Masters 1000, que passaram a ser disputados em um formato mais longo. Ele revelou nunca ter encontrado um atleta realmente satisfeito com o sistema, que tem prejudicado o tempo de descanso e treinos entre as partidas.

Questionado sobre a possibilidade de jogar de 15 a 18 torneios para manter o fôlego nos Grand Slams, Zverev foi direto: “Eu adoraria fazer isso. Mas com a forma que a ATP organiza os torneios hoje em dia, é impossível. Como você faria isso? São nove Masters 1000 obrigatórios, a maioria com duração de duas semanas, exceto Monte Carlo e Paris Bercy, que eu acho que são as melhores duas semanas do circuito atualmente. É legal para os fãs e jogadores. Em Paris Bercy, ano passado, ganhei e foi incrível. Você joga suas cinco partidas, sai de lá, não precisa ficar treinando ou esperando entre confrontos. Era assim que os Masters costumavam ser, e todos os jogadores gostavam.”

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Fonte: Express.co.uk