O australiano Nick Kyrgios, que chegou a ser finalista de Wimbledon e já alcançou o 13º lugar no ranking mundial, enfrenta um momento decisivo em sua carreira. Após sofrer com lesões graves no punho e no joelho nos últimos três anos, que limitaram sua participação a apenas seis partidas de simples, Kyrgios está de olho em uma vaga via wildcard (convite especial) para disputar o próximo Australian Open, em janeiro de 2026.

Com 30 anos e atualmente apenas na 668ª colocação no ranking da ATP, Kyrgios tem planos de retomar seus jogos na temporada de verão australiana. Ele já confirmou presença no Kooyong Classic, tradicional torneio de exibição que volta após uma pausa de um ano e acontece na semana que antecede o Australian Open. Além disso, o jogador pretende competir em Brisbane e já participou de eventos de exibição, incluindo um duelo “Battle of the Sexes” contra a bielorrussa Aryna Sabalenka em Dubai no fim de dezembro.

A última participação de Kyrgios no Australian Open foi em 2025, quando ele usou um ranking protegido devido às lesões, mas o diretor do torneio, Craig Tiley, acredita que desta vez o australiano precisará de uma wildcard para estar no torneio.

“Estamos conversando sobre os planos dele para o verão e ele indicou alguns torneios onde quer jogar, mas tudo depende da sua condição física no momento. Se ele quiser jogar o Australian Open, vai precisar de uma wildcard, pois sabemos que ele atrai grande público e existe muita expectativa em torno do que ele ainda pode fazer”, explicou Tiley.

Com as dúvidas sobre Kyrgios, a Austrália pode ter apenas cinco jogadores aceitos diretamente no torneio masculino: Alex de Minaur, Alexei Popyrin, Adam Walton, Aleks Vukic e Tristan Schoolkate. Isso representa a metade dos jogadores aceitos diretamente em 2025.

Outros nomes importantes do tênis australiano, como Jordan Thompson, Chris O’Connell, Rinky Hijikata, James Duckworth e Thanasi Kokkinakis, que estavam no top 100 e entraram direto no torneio no ano passado, enfrentam variações em seus rankings devido a lesões e retorno gradual à competição. Kokkinakis, por exemplo, passou por cirurgia no peitoral em fevereiro e ainda não retornou aos jogos competitivos desde então.

James Duckworth, veterano da ATP, está conseguindo se recuperar e voltou a figurar entre os 100 melhores, mas tinha a 106ª posição na data limite para o torneio, o que fez com que ele também precisasse de um wildcard para o Australian Open, concedido por seu bom desempenho no circuito australiano.

A nova regra da ATP para o corte do ranking, que passou a ser imediata após as ATP Finals, influenciou diretamente nas condições para os wildcards e aceitação direta dos jogadores.

No feminino, a jovem promessa Emerson Jones, de apenas 17 anos, já garantiu uma vaga via wildcard. Outras jogadoras como Priscilla Hon, Talia Gibson, Maddison Inglis, Taylah Preston e Olivia Gadecki estão na disputa pelas outras vagas para a chave principal.

A favorita Daria Saville, que está grávida, confirmou que ficará de fora do torneio em 2026, mas pretende retornar ao circuito após a maternidade.

Apesar dos desafios, o tênis australiano segue forte, especialmente na base, com muitos jovens atletas se destacando e uma estrutura sólida para formar futuras estrelas. O diretor Craig Tiley ressalta que, mesmo com as oscilações no ranking dos jogadores, a Austrália é atualmente a segunda nação do mundo em número de atletas no top 100, tanto no masculino quanto no feminino, quando ajustado pela população.

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Fonte: The Age