O francês Nicolas Mahut anunciou sua aposentadoria do tênis profissional após a derrota nas duplas no Masters de Paris, encerrando uma carreira de 25 anos marcada por grandes conquistas e momentos históricos no circuito ATP.

Aos 41 anos, Mahut coleciona um legado impressionante, com cinco títulos de Grand Slam em duplas, a conquista do topo do ranking mundial de duplas (PIF ATP Doubles Rankings) e uma participação fundamental na vitória da França na Copa Davis.

Entre tantas lembranças, uma partida histórica se destaca, não pelo troféu, mas por conquistar seu lugar na história do tênis: a épica partida de Wimbledon em 2010 contra o americano John Isner, que durou incríveis 11 horas e cinco minutos ao longo de três dias. Apesar da derrota por 70-68 no quinto set, esse jogo permanece como um dos momentos mais emblemáticos do esporte.

Depois desse confronto marcante, o jogador natural de Boulogne-Billancourt conquistou quatro títulos em quadras de grama e chegou a ocupar o 37º lugar no ranking de simples da ATP.

Em entrevista, Mahut refletiu sobre essa experiência em Wimbledon: “Hoje eu gosto de falar sobre essa partida porque foi uma loucura. Isso me fez crescer muito, como atleta e como pessoa. Posso me identificar com essa partida e falar sobre ela tranquilamente porque sei que depois disso… consegui vencer.”

Outro momento especial da carreira para Mahut foi dividir sua trajetória com o filho. “Quando fui a Wimbledon este ano com meu filho, andando pelos corredores, ele viu seu nome ali, pois também é dele. Isso me enche de orgulho e, no fim das contas, não há nada mais bonito para mim.”

A parceria de longa data com Pierre-Hugues Herbert foi um dos maiores sucessos da carreira. Juntos, eles conquistaram o Career Grand Slam ao vencer o Australian Open de 2019, além de erguer o título do Roland Garros em 2021, diante da torcida francesa, dois troféus de Grand Slam marcantes.

A dupla também brilhou em outros momentos: venceu duas vezes o Nitto ATP Finals, esteve decisiva na campanha que levou a França ao título da Copa Davis em 2017 e dominou o circuito de Masters 1000, ganhando sete dos nove torneios da categoria em duplas, consolidando-se como uma das equipes mais dominantes da sua geração.

Ao se despedir das quadras, Mahut destacou o que realmente importa para ele: “Isso é o que eu vou lembrar, além dos títulos e troféus que conquistei, é todo o caminho que percorri para chegar até essas vitórias.”

A emoção que marca esse adeus também reforça o impacto que Nicolas Mahut teve no tênis, seja pelos recordes, títulos ou pela paixão e entrega que sempre demonstrou dentro das quadras.

Fonte: GeoSuper