Stefanos Tsitsipas, um dos tenistas mais promissores da nova geração, viveu uma temporada desafiadora nos Grand Slams em 2023. Sua campanha no US Open, primeiro torneio do Grand Slam com seu pai, Apostolos Tsitsipas, de volta à equipe técnica, terminou prematuramente na segunda rodada, após uma surpreendente derrota para o alemão Daniel Altmaier.
Essa eliminação veio logo após a separação do grego com seu antigo treinador Goran Ivanisevic, ex-jogador e campeão de Wimbledon, que não poupou críticas ao atleta durante e após sua parceria com Stefanos. Ivanisevic chegou a comentar que nunca tinha visto um jogador tão despreparado fisicamente, e ressaltou que, para Tsitsipas voltar ao top 10 do ranking mundial, ele precisaria resolver questões fora das quadras.
Reagindo às declarações de Ivanisevic, Apostolos Tsitsipas concedeu entrevista ao site italiano ‘Clay’ (saibro, em português), onde defendeu o filho e seu trabalho como treinador:
“Não gostei que ele tenha exposto opiniões tão pessoais em público. Goran devia ter identificado algo que o incomodasse no início da relação profissional com o Stefanos e conversado diretamente com ele e sua equipe, expondo suas expectativas.”
Apostolos ressaltou que Ivanisevic é um profissional, mas destacou a importância da comunicação interna na equipe:
“É interessante para o público saber desses bastidores, mas o que realmente importa é ver o Stefanos jogando um tênis de qualidade. E essa responsabilidade está nas mãos da equipe técnica. Nós somos professores e treinadores, nosso papel é criar o ambiente ideal para o desenvolvimento do atleta.”
Sobre as perspectivas do filho, Apostolos foi otimista:
“O céu é o limite. Todo jogador deve sonhar alto e ter metas ambiciosas, mas sem se perder no futuro. É fundamental estar focado no presente, executar diariamente e manter os objetivos sempre em mente.”
Quanto à forma física de Stefanos, ele avaliou:
“Está boa. Claro que pode melhorar, mas não dá para medir isso de forma exata. Todo atleta tem picos e momentos mais baixos – não é uma linha reta. No momento, acredito que ele está no auge.”
Stefanos, que chegou a ser o número 3 do mundo em 2021, está enfrentando seu pior ano em Grand Slams desde 2018, não conseguindo avançar às quartas de final pela primeira vez em sete anos. A volta de seu pai ao seu time técnico traz esperança de que a trajetória retome o rumo das grandes conquistas.
Apoiado em seu talento e na dedicação da equipe, Tsitsipas ainda pode reconquistar as principais posições do tênis mundial e voltar a brilhar nos torneios mais importantes.
Fonte: The Tennis Gazette