Com a final do ATP Finals marcada para domingo entre Jannik Sinner e Carlos Alcaraz — o sexto duelo do ano entre os dois melhores tenistas do mundo — o ranking de fim de temporada da ATP de 2025 está oficialmente definido. Alcaraz garantiu o posto de número 1 do ano, Sinner fechou como número 2, e o restante do top 20 também está definido após uma temporada longa e cheia de emoções. Confira a análise completa dos destaques e curiosidades do ranking ATP de 2025.

1. Carlos Alcaraz

Alcaraz, que conquistou seu primeiro posto como número 1 em 2022, vem trocando a liderança com Novak Djokovic e Jannik Sinner ao longo das temporadas. Mas em 2025, após avançar para o fim de semana da final em Turim, ele assegurou o título de número 1 do ano novamente. Foram impressionantes 71 vitórias na temporada, uma marca pessoal, com apenas oito derrotas, sendo duas em finais (para Sinner em Wimbledon e Holger Rune em Barcelona). Alcaraz dominou praticamente tudo, faturando títulos importantes em torneios Masters em Roma, Monte Carlo e Cincinnati, além dos cobiçados Grand Slams no US Open e Roland Garros — justamente os eventos mais prestigiados do circuito.

2. Jannik Sinner

Visto como uma verdadeira força da natureza no circuito, Sinner se destacou como o melhor jogador em quadras cobertas da temporada. Ele começou o ano conquistando o Australian Open, levantou o troféu em Wimbledon e fechou 2025 em alta, vencendo em Pequim, Viena e Paris, mesmo após perder a final do US Open para Alcaraz. Com um aproveitamento de 57 vitórias em 63 jogos, Sinner justifica com folga discussões sobre quem é o melhor do tênis masculino, independentemente de ocupar a posição número 1 ou 2 no ranking.

3. Alexander Zverev

Apesar de frequentemente demonstrar insatisfação com bolas, quadras e condições dos torneios, Zverev manteve sua regularidade, conquistando sua terceira temporada consecutiva com pelo menos 50 vitórias. O alemão de 28 anos segue um pouco distante dos dois líderes, mas ainda figura entre os melhores do circuito. Surpreendeu um pouco conquistar apenas um título (em Munique) e perder o título do Australian Open para Sinner, mas sua consistência o mantém firme como número 3 do mundo.

4. Novak Djokovic

Com 38 anos, o ex-número 1 do mundo segue conquistando quase tudo quando não enfrenta os dois primeiros colocados. Ele disputou sua segunda temporada seguida com menos de 50 jogos, fechando com 37 vitórias em 47 partidas. O sérvio comemorou o título em seu torneio caseiro de Atenas, onde derrotou Lorenzo Musetti na final. Apesar de não ter chances reais de voltar ao topo, Djokovic ultrapassou Roger Federer em semanas no top 4 da ATP, tudo isso mesmo tendo desistido de jogar o ATP Finals mais uma vez. O tenista segue manejando com cuidado o fechamento de sua brilhante carreira.

5. Felix Auger-Aliassime

Felix voltou com força total ao grupo dos melhores do tênis. Seu semifinal no ATP Finals em Turim o impulsionou para o melhor ranking da carreira, o 5º lugar, com 50 vitórias na temporada – seu melhor desempenho desde 2022. O canadense esteve afiado, especialmente em quadras cobertas, alcançando a final em Paris (perdendo para Sinner) e conquistando o título em Bruxelas para fechar o ano. Um título de Grand Slam e um Masters no calendário de 2026 já são suas metas claras.

6. Taylor Fritz

Fritz termina o ano como o principal americano novamente. Um jogador constante e confiável, mas que ainda sofre para ultrapassar de vez o grupo dos melhores. Ele acumula quatro temporadas consecutivas com mais de 47 vitórias e conquistou dois títulos em quadras de grama em 2025. A derrota para Alcaraz na final de Tóquio exemplifica o desafio enfrentado pelo norte-americano: jogar bem e mesmo assim esbarrar na força dos líderes. Ainda assim, Fritz foi peça importante na vitória da equipe mundial na Laver Cup.

7. Alex De Minaur

Depois de uma sequência ruim contra os dez melhores, De Minaur finalmente quebrou o jejum ao derrotar Fritz no ATP Finals, derrubando um peso que o acompanhava durante a temporada. Ele possui quatro temporadas seguidas com pelo menos 47 vitórias e atingiu 55 vitórias em 2025 – sua melhor marca na carreira. Apesar de ser superado em algumas partidas, conquistou o título do ATP 500 de Washington ao superar Alejandro Davidovich Fokina. Sua meta para 2026 é clara: chegar a uma semifinal de Grand Slam, idealmente no Australian Open em casa.

8. Lorenzo Musetti

Musetti viveu o melhor momento da carreira apesar de ainda não ter conseguido erguer um troféu. Ele foi finalista em Monte Carlo (perdendo para Alcaraz), Chengdu (surpreendido por Alejandro Tabilo) e Atenas (derrotado por Djokovic). Fechar o ano com 44 vitórias, superando a marca de 40, é um feito notável, e sua vaga no ATP Finals como reserva após a desistência de Djokovic deve ser um impulso para crescer ainda mais em 2026.

9. Ben Shelton

Sem vitórias em Turim, Shelton caiu do top 5 para o 9º lugar, mas segue mostrando potencial. Ele conquistou pelo menos 40 vitórias pelo segundo ano seguido e ergueu seu primeiro título de Masters no Canadá. O desafio para o americano em 2026 será manter a regularidade a cada semana e conquistar mais títulos – em qualquer nível.

10. Jack Draper

Draper poderia estar mais alto no ranking se não fossem as lesões que interromperam seu ritmo após o US Open. Mesmo assim, colecionou um recorde de 30 vitórias em 40 jogos, incluindo um título de Masters em Indian Wells e um vice-campeonato em Madri, onde perdeu para Casper Ruud. Com uma pressão enorme para vencer um Grand Slam, especialmente Wimbledon, Draper é um talento claro com capacidade para voltar ao top 5, desde que mantenha a saúde. Ele já alcançou o 4º lugar este ano.

Destaques do 11 ao 20: Jakub Mensik e veteranos buscando recuperação

As posições entre o 11º e o 20º lugar trazem nomes que são verdadeiros navios que se cruzam: o jovem Jakub Mensik, de 20 anos, segue sua ascensão constante, enquanto Daniil Medvedev, de 29, reencontrou o bom desempenho e encerrou o ano com título. Holger Rune e Casper Ruud tiveram temporadas irregulares, Andrey Rublev continua eliminando grandes adversários, mas ainda luta para avançar nos Slams. Muitos desses jogadores estão tentando se reestruturar, seja no aspecto técnico ou mental. Medvedev e Ruud, ambos já top 3, buscam reinvenção, enquanto Rune tenta se recuperar de uma lesão no tendão de Aquiles.

João Fonseca e Learner Tien: Novos talentos na porta do top 30

Os jovens promissores João Fonseca e Learner Tien já devem ser acompanhados de perto. Ambos fecharam o ano no top 30, mesmo com experiência limitada em torneios principais. Tien impressionou ao vencer adversários do top 10, mostrando que pode competir no mais alto nível, enquanto Fonseca desponta como a maior esperança brasileira desde Gustavo Kuerten. O experiente Arthur Rinderknech também vibra ao garantir um seed num Grand Slam após chegar ao 29º lugar no ranking.


Fonte: Last Word on Sports