No último domingo, Jannik Sinner e Carlos Alcaraz protagonizaram mais uma final eletrizante, com Sinner saindo vitorioso por 7–6, 7–5 e conquistando o título do ATP Finals em Turim, Itália. Essa rivalidade mostra o atual momento do tênis masculino, que vive a era de dois jogadores dominantes, justamente quando muitos se perguntam o futuro do esporte.

A importância das rivalidades no tênis

No tênis, rivalidades são fundamentais para o espetáculo e para despertar o interesse do público. Após a era dourada de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, o esporte precisava de novas estrelas e encontrou em Sinner e Alcaraz dois talentos excepcionais, não só pelo jogo em quadra, mas pela personalidade e respeito mútuo que demonstram.

A dinâmica entre os dois é intensa: com estilos diferentes, ambos estão constantemente buscando aprimorar seus jogos para ganhar vantagem, numa espécie de troca incessante que eleva o nível do tênis. Alcaraz lidera o confronto direto por 10 a 6, embora tenham trocado pontos de forma equilibrada (1.651 para cada um).

O desafio da previsibilidade

Porém, a convivência dos dois no topo abre uma questão: o tênis sofre com a falta de competitividade entre os demais jogadores? Kevin M., fã do tênis, aponta que Alexander Zverev, atual número 3 do mundo, embora mantenha uma boa pontuação, parece distante da qualidade apresentada pelos dois líderes.

Essa distância faz com que muitas vezes as fases iniciais dos torneios percam um pouco do drama, já que o foco acaba sendo a final entre os dois melhores do ranking. Contudo, o esporte sempre espera disruptores, assim como Djokovic foi em 2011, para quebrar essa hegemonia e trazer maior equilíbrio.

Quem é o terceiro melhor do circuito?

Se Sinner e Alcaraz são as referências absolutas, quem ocupa a terceira posição? A resposta imediata recai em Zverev pelos números, mas o alemão não vem apresentando o nível esperado em grandes torneios recentes, o que o próprio reconhece.

Nos últimos 90 dias, outros nomes vêm se destacando: Félix Auger-Aliassime, que teve uma recuperação depois de um período difícil, e Novak Djokovic, que mesmo com agenda reduzida, manteve bom desempenho e resultado em prêmios, chegando a ser o terceiro na premiação antes do ATP Finals.

Surpresas do tênis em 2025

Entre as maiores surpresas do ano, jogadores jovens como Victoria Mboko e João Fonseca vêm ganhando atenção. Mboko, por exemplo, saltou do ranking fora do top 300 para se consolidar entre as 20 melhores, conquistando o WTA de Montreal e o título em Hong Kong.

Learner Tien, um jovem promissor, tem mostrado consistência e inteligência tática, apesar de ainda se desenvolver fisicamente, enquanto Valentin Vacherot surpreendeu ao vencer um torneio de alto nível como Shanghai, com vitórias impressionantes, incluindo contra Djokovic.

O estilo agressivo de Elena Rybakina e o jogo na rede

A ascensão de Elena Rybakina no circuito feminino chama atenção também por seu estilo de jogo agressivo, com fortes ataques de fundo de quadra. Embora muitos apontem que sua aproximação à rede ainda seja vulnerável, suas estatísticas mostram que ela é eficiente na conclusão dos pontos quando decide buscar a rede.

Disparidade histórica no tênis feminino

Uma curiosidade trazida pelos leitores foi a comparação entre a potência do saque de Serena Williams e o retorno espetacular de Monica Seles durante seu auge (1991-1993). Seles era conhecida por quebrar o saque da adversária quase 50% das vezes, um nível de eficiência impressionante, especialmente em um esporte onde o saque domina grande parte dos pontos.

Novidades e parcerias no circuito

No âmbito institucional, a ATP renovou sua parceria global com a Yokohama Tyres, enquanto o Cincinnati Open anunciou que suas finais individuais voltarão a ser disputadas no domingo, dia de encerramento do torneio, a partir do dia 23 de agosto. Essas decisões buscam melhorar a experiência dos fãs, jogadores e parceiros do circuito.

Já a Nitto Denko Corporation estendeu seu contrato de colaboração com a ATP por vários anos, reforçando o apoio às competições profissionais.


O tênis viverá, certamente, grandes capítulos ao longo dos próximos anos, com Sinner e Alcaraz na liderança, jovens talentos surgindo para desafiar e grandes lendas ainda deixando sua marca. Para os fãs, o espetáculo está garantido.

Fonte: inkl