A batalha entre Jannik Sinner e Carlos Alcaraz tem sido o centro das atenções no tênis mundial, mas o ítalo-americano reforça que o esporte masculino é muito mais do que essa disputa direta. Quando os maiores nomes da Era dos Big 3 — Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic — começaram a perder força, muitos questionaram se era o fim de uma era lendária. De fato, esses três gigantes são raridades no mundo do tênis, mas a ascensão de Sinner e Alcaraz trouxe uma nova geração que já domina o cenário.
Juntos, eles conquistaram os últimos sete Grand Slams e prometem estender esse domínio no US Open 2025. Mas, mesmo nessa fase impressionante, Sinner fez questão de alertar tanto a si mesmo quanto a Alcaraz para não baixarem a guarda.
Como primeiros e segundos do ranking mundial, Sinner e Alcaraz parecem estar em um patamar acima dos demais, com nomes como Alexander Zverev ali logo atrás. No entanto, o italiano sabe que a pressão e a competição no tênis nunca param. Em coletiva antes do torneio, ele confidenciou: “Se não continuarmos a evoluir, os outros vão nos alcançar”.
“No momento, eu e Carlos estamos dividindo grandes troféus, mas as coisas podem mudar a qualquer hora, ninguém sabe”, acrescentou Sinner. “Existem muitos jogadores excelentes por aí, e chegar até a final é sempre difícil. Então vamos ver se essa fase continua. Eu sempre digo que temos que melhorar, porque hoje os adversários já nos entendem melhor”.
Essa perspectiva é fundamental, já que o que tornou o Big 3 tão extraordinário não foram apenas as conquistas, mas também a longevidade de suas carreiras. Novak Djokovic, por exemplo, com 38 anos, ainda chega às semifinais dos principais torneios — um sinal claro da importância de se adaptar com o passar do tempo.
Esse é o grande desafio para Sinner e Alcaraz: eles estão no topo, mas precisam se manter lá. Aos poucos, o tênis mundial vai entender o jogo dos dois e aí eles terão que inovar para se manter competitivos. Por mais que tenham tido sucesso precoce, a zona de conforto não pode existir.
Além dessa rivalidade, a preocupação maior para Sinner é o US Open. Após se retirar precocemente do Masters de Cincinnati por conta de um vírus, o italiano falou sobre sua condição física antes do último Grand Slam da temporada.
O abandono inesperado no torneio de Cincinnati levantou dúvidas entre os fãs, mas o técnico do jogador tranquilizou dizendo que não era nenhuma lesão e sim um vírus que afetou o jovem de 23 anos. Ainda assim, muitos questionavam se ele já estava plenamente recuperado. Agora, Sinner respondeu diretamente sobre isso, demonstrando otimismo.
“Fisicamente estou bem. Já me recuperei na maior parte, ainda não 100%, mas a expectativa é estar a pleno nos próximos dias. Então, tudo indica que vou estar pronto para o torneio”, afirmou.
Essa é uma boa notícia, mas a quadra dura sempre foi o ponto forte de Sinner — e o US Open tem fama de ser imprevisível ano a ano. O cansaço de uma temporada longa e a fome de terminar com uma taça torna o torneio um dos mais desafiadores para vencer. Resta a dúvida: Sinner conseguirá manter a sequência e conquistar seu terceiro Grand Slam na temporada?
Com certeza, esse será um dos principais enredos do US Open 2025.
Fonte: The Playoffs