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Taylor Fritz critica coaching em quadra e destaca individualidade no tênis antes do duelo contra João Fonseca no Eastbourne Open

25 de junho de 2025 às 22:51

O tênis é um esporte individual e, segundo o americano Taylor Fritz, o coaching em quadra prejudica essa essência. Às vésperas de enfrentar o brasileiro João Fonseca na primeira rodada do Lexus Eastbourne Open, Fritz se posicionou contra a prática de orientação ao vivo durante os jogos, afirmando que prefere compartilhar sua perspectiva com o treinador sem abrir mão de suas próprias decisões táticas.

Taylor Fritz, que chamou atenção ao chegar à final do US Open 2024 e vencer o Masters 1000 do Indian Wells em 2022, passou por momentos díspares recentemente. Após uma eliminação prematura no Grand Slam francês – quando caiu para o alemão Daniel Altmaier na primeira rodada –, o americano conquistou uma importante vitória no Boss Open, na Alemanha, superando o então número 3 do mundo, Alexander Zverev, na decisão por 6-3, 6(0)-7(7).

Sobre o coaching em quadra, Fritz foi direto e crítico: “Acho que isso é ruim para o jogo. O tênis é um esporte individual. Por que alguém deveria me dizer o que fazer durante a partida quando a estratégia e a leitura do adversário são fundamentais? Se você não consegue perceber que precisa mudar algo sozinho, não faz sentido que outra pessoa diga para você o que fazer.”

Ele ainda enfatizou o valor dos jogos mentais durante as partidas: “A parte psicológica é enorme no tênis e perder isso seria ruim. Eu falo com meu treinador durante os jogos, claro, mas não para pedir instruções — eu compartilho o que vejo, o que penso, e ele me ajuda a confirmar minhas impressões. Isso é muito diferente de simplesmente receber ordens, que para mim é algo negativo.”

Além de expressar seu ponto de vista sobre o coaching, Fritz comentou sobre os desafios de enfrentar os maiores nomes do circuito atual. Em especial, destacou Carlos Alcaraz como um adversário duro, talvez mais complicado que Jannik Sinner, apesar de ter derrotado o italiano em algumas ocasiões.

“Carlos é o adversário mais difícil para mim. Quando nos enfrentamos na Laver Cup no ano passado, ele estava em uma fase incrível e parecia que nada do que eu fazia funcionava. Embora Sinner tenha me vencido várias vezes, pelo menos nessas partidas eu sentia que conseguia jogar meu melhor tênis. Foi diferente contra o Carlos, quase não consegui reagir em 80 a 90% do tempo”, declarou Fritz em entrevista ao The Guardian.

Taylor Fritz tem mostrado evolução consistente: além do bom desempenho em Grand Slams como o Australian Open 2025 e Wimbledon (com quartas de final em 2022 e 2024), ele já conquistou oito títulos na ATP Tour, incluindo um Masters 1000. Agora, focado no Eastbourne Open, o americano espera manter sua pegada diante de um jovem talento nacional.


Fonte: Sportskeeda