
The Hill em Nova York: uma experiência única de Wimbledon nos Estados Unidos
23 de julho de 2025 às 16:40
Se você é fã de tênis e já ouviu falar em Wimbledon, certamente conhece o famoso “Henman Hill” — um espaço ao lado da quadra nº 1 do All England Lawn Tennis and Croquet Club (AELTC), palco do lendário torneio. Batizado em homenagem ao ícone britânico Tim Henman, o local, hoje conhecido apenas como “The Hill”, é o refúgio perfeito para assistir às partidas ao vivo sem precisar arcar com os valores astronômicos dos ingressos.
Pois agora, os nova-iorquinos tiveram a chance de viver essa atmosfera tão especial do Grand Slam britânico, graças à iniciativa da agência criativa The Experiential Group (TXG). Entre os dias 11 e 13 de julho, o Empire Fulton Ferry — um parque às margens do rio sob a Ponte do Brooklyn, com mais de 35 mil m² — foi transformado em uma verdadeira extensão de Wimbledon, batizada de “The Hill in New York“.
O espaço contou com ativações das marcas parceiras oficiais do torneio, comidas e bebidas típicas britânicas, um lounge VIP e, claro, uma tela gigante para acompanhar as emoções do campeonato. “A ideia era trazer a magia de Wimbledon para o outro lado do Atlântico e criar um momento tipicamente nova-iorquino que representasse o espírito dos Championships”, explicou Frank Moran, fundador da TXG.
Com vistas deslumbrantes para o skyline de Manhattan e um palco montado bem embaixo da Ponte do Brooklyn, o local não só atraiu apaixonados pelo tênis como também um público culturalmente diverso, ampliando a presença do torneio nos EUA.
Assim como na colina original em Londres, o evento em Nova York teve filas desde as primeiras horas da manhã e fãs fiéis, mostrando que a paixão pelo tênis é universal. Até fóruns na internet, como o Reddit, foram utilizados para trocar dicas de como aproveitar o espaço e evitar filas. “Com alguns fãs chegando ao nascer do sol este ano, a energia foi eletrizante e a camaradagem muito parecida com a atmosfera do verdadeiro The Hill,” ressaltou Moran.
A programação começou na sexta-feira com a transmissão da semifinal de simples masculina, seguida por uma apresentação ao vivo da cantora britânica Rita Ora, uma artista de renome internacional com fortes raízes no Reino Unido – mostrando como Wimbledon ultrapassa o mundo do esporte para se conectar com a cultura pop. No sábado foi a vez da final feminina, e no domingo, da final masculina. Nesta edição, os campeões foram Jannik Sinner, jovem talento italiano, e Iga Świątek, sensação do tênis polonês.
O evento foi gratuito e atraiu mais de 10 mil pessoas em três dias, um recorde e um crescimento de 40% no público em relação ao ano anterior. Esse sucesso, para Moran, deve-se ao equilíbrio entre tênis, cultura e comunidade oferecido pela TXG.
Destaques não faltaram: o Partner Village exibiu ativações imersivas das marcas globais que patrocinam Wimbledon. A American Express, pela primeira vez, ofereceu um espaço com jogo de tênis estilo Skee Ball, estação interativa de amuletos e até uma cabine telefônica britânica para fotos. A IBM criou uma enorme bola de tênis interativa e um quiz sobre curiosidades do torneio.
Além disso, a champagne Lanson serviu seus melhores rótulos, Babolat e Court16 trouxeram profissionais para aulas e dicas, e a Lavazza montou um espaço familiar com um painel para fotos divertidas.
Claro que o ambiente não estaria completo sem as tradicionais comidas britânicas, como o famoso drink Pimm’s e morangos com creme, um clássico de Wimbledon. O Junior’s, já tradicional em Nova York, preparou mini cheesecakes de morango com creme para os visitantes, distribuídos em food trucks nas regiões de Dumbo e Flatiron antes do evento.
Pela primeira vez, o evento também contou com uma loja oficial de Wimbledon, vendendo itens exclusivos do torneio, enquanto os embaixadores de marca, vestidos com os uniformes oficiais de boleiros da Ralph Lauren, circulavam pelo local decorado com flores roxas e brancas — hortênsias, petúnias e a trepadeira Boston Ivy, assim como na sede londrina.
“Desde o início, a visão de longo prazo para o AELTC é expandir o conceito do The Hill para outras grandes cidades pelo mundo,” adiantou Moran. “Com a Copa do Mundo chegando aos EUA em 2026 e as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles, vejo que esse modelo pode crescer ainda mais e aparecer em diferentes mercados.”
Para os fãs brasileiros que apreciam tênis, iniciativas como essa mostram como o esporte vem ganhando cada vez mais espaço globalmente — aproximando o público das emoções dos grandes torneios mesmo longe das quadras oficiais.
Fonte: BizBash