Stefanos Tsitsipas, uma das maiores estrelas do tênis grego e ex-top 3 do ranking mundial da ATP, está enfrentando uma fase complicada em 2025 e atribui parte de suas dificuldades às redes sociais. O jovem de 27 anos, que acumula títulos importantes como duas conquistas no Masters 1000 de Monte Carlo e uma final no Aberto da França, tem tido dificuldades para se firmar nos torneios neste ano, sem conseguir avançar além das quartas de final desde Monte Carlo.
Desde abril, no Aberto de Barcelona, Tsitsipas não venceu mais do que duas partidas em qualquer torneio. Além disso, ele sofreu uma série de contratempos: perdeu para o italiano Matteo Gigante em quatro sets na segunda rodada do French Open, se lesionou nas costas e precisou abandonar logo na primeira rodada de Wimbledon, e teve uma ruptura com seu técnico Goran Ivanisevic, ex-campeão de Wimbledon, com quem dividiu trabalho recentemente.
Após essa separação, Tsitsipas voltou a trabalhar com seu pai e antigo treinador Apostolos Tsitsipas, mas os resultados permaneceram aquém do esperado. No giro norte-americano de quadras duras, venceu apenas duas partidas em quatro eventos e viu sua posição no ranking ATP cair para o 27º lugar, com um retrospecto de 21 vitórias e 17 derrotas na temporada até o momento.
Atualmente em Atenas, se preparando para a disputa do qualificatório da Copa Davis entre Grécia e Brasil, Stefanos deu uma entrevista para a Sky Sports na qual revelou ter adotado uma medida radical para melhorar seu foco e disciplina: decidiu se afastar das redes sociais por pelo menos três a quatro anos. Segundo ele, o hábito de passar horas assistindo vídeos e navegando nas redes estava aumentando seu nível de estresse e distração.
“Eu percebi que seria benéfico para mim estabelecer a meta de não usar redes sociais nos próximos anos,” afirmou Tsitsipas. “Conversei com minha equipe responsável pelas redes e escolhi deixar de seguir todas as pessoas que eu seguia. Não é sobre as pessoas, mas quero me tornar independente dessas plataformas.”
Esse período difícil contrasta com seu melhor momento na temporada, quando conquistou o título do ATP 500 de Dubai, ao derrotar Felix Auger-Aliassime em sets diretos. Esse troféu levantou expectativas de uma retomada promissora, mas desde então ele não avançou nem às semifinais em nenhum torneio.
Tsitsipas também revelou que o estresse e a ansiedade foram fatores cruciais para sua queda nas primeiras rodadas do US Open. Após se recuperar da lesão nas costas sofrida em Wimbledon, ele recebeu um convite para jogar no Winston-Salem Open, mas caiu logo na estreia. No Grand Slam americano, passou pela primeira rodada, mas perdeu em cinco sets diante do alemão Daniel Altmaier na segunda fase, admitindo que a ansiedade piorou sua lesão.
“A ansiedade e o estresse influenciaram no retorno da lesão. O mais estranho é que antes do meu primeiro jogo no US Open eu estava treinando super bem, me sentindo ótimo. Todos nós ficamos ansiosos, e não ajuda o fato de eu não estar vencendo muito ultimamente,” explicou Tsitsipas em entrevista ao portal grego Sdna.
Agora, ele se prepara para o início do swing asiático, com a participação confirmada no ATP 500 do Japão, onde espera desempenhar melhor do que no ano passado, quando foi eliminado na segunda rodada pelo jovem americano Alex Michelsen. O torneio será uma preparação importante antes do Masters 1000 de Xangai, um dos grandes eventos finais da temporada.
Mesmo com todas as dificuldades, Tsitsipas segue batalhando para recuperar sua melhor forma e confiança, adotando medidas para preservar seu foco tanto dentro quanto fora das quadras.
Fonte: FirstSportz