Os primos Valentin Vacherot e Arthur Rinderknech deram show e protagonizaram uma história de fazer inveja no Masters de Xangai, mas na rodada atual das entradas para o próximo grande torneio, o Masters de Paris, eles ainda não estão garantidos na chave principal.
No início do penúltimo Masters 1000 da temporada de 2025, Valentin Vacherot, então na 204ª colocação do ranking mundial da ATP, entrou por último minuto nas qualificatórias, enquanto seu primo francês Arthur Rinderknech figurava no 54º lugar do ranking.
O monarquês Vacherot fez uma campanha incrível, vencendo oito partidas seguidas, incluindo reviravoltas contra jogadores de peso como Novak Djokovic — dono de impressionantes 24 títulos de Grand Slam — e o 10º cabeça de chave Holger Rune. Na final, ele enfrentou justamente seu primo Rinderknech, que eliminou o russo Daniil Medvedev na semifinal.
No duelo entre parentes, Vacherot levou a melhor ao vencer em três sets. Após o torneio, a ascensão no ranking foi rápida: agora ele ocupa o 40º lugar, enquanto Rinderknech subiu 26 posições e está em 28º.
Por que eles ainda podem não jogar em Paris?
Apesar da explosão de ambos no ranking, as melhorias não vieram a tempo de garantir entrada direta no Masters de Paris, que tem uma chave principal para 56 jogadores — diferente do torneio de Xangai, que conta com 96 participantes na chave principal.
O prazo para corte e definições no Masters de Paris foi 27 de setembro, e apenas os 44 primeiros do ranking tiveram acesso direto.
Com o ranking atual de 54, Rinderknech não se encaixou nessa lista dos melhores, mas garantiu uma vaga nas qualificatórias e ainda está entre os primeiros da lista de espera para possíveis desclassificações, ocupando a nona posição. Já Vacherot, com ranking 204, ficou fora do torneio até mesmo da fase classificatória.
Ainda há esperança para os primos
Ambos podem receber convites do torneio — os famosos wildcards — que ainda serão anunciados tanto para a chave principal quanto para as qualificatórias. São quatro wildcards para cada categoria, e Vacherot já fez sua solicitação, com o diretor do evento, Cédric Pioline, garantindo que o nome do jogador será levado em conta.
“O que ele fez em Xangai foi único e fenomenal, considerando que ele passou das qualificatórias até a final, enfrentando seu primo Rinderknech”, afirmou Pioline.
“No Rolex Paris Masters, existe uma plataforma aberta para jogadores franceses e estrangeiros pedirem wildcard, que se encerra no domingo. Com certeza, Vacherot já aplicou.”
Rinderknech, sendo francês, tem mais chances ainda de receber convite. Ele já participou da chave principal desse Masters da casa quatro vezes, conseguiu um wildcard para a edição de 2024, na qual alcançou a terceira rodada, e no ano anterior caiu nas qualificatórias.
Já Vacherot espera estrear no Masters de Paris, pois em seu histórico consta apenas a participação no Masters de Monte Carlo e, claro, a espetacular campanha em Xangai.
“Seria um sonho enorme. Duas semanas atrás, eu jamais imaginaria poder jogar um dia o Masters de Paris“, confessou o jogador.
“Eu pensava que continuaria disputando Challengers na Ásia, como fazia normalmente. Jogar na La Défense Arena seria algo surreal para mim.”
Fonte: Tennis365