A lendária tenista americana Venus Williams, aos 45 anos, está de volta ao US Open de 2025 — e não por acaso. Ela recebeu um convite especial, o famoso wildcard, para disputar a chave de simples do torneio que é um dos quatro Grand Slams da temporada. Com isso, Venus vai fazer sua 25ª participação em Flushing Meadows, e a notícia tem movimentado bastante a comunidade do tênis, que se divide entre a empolgação e o ceticismo.
Uma carreira de tirar o fôlego em Nova York
Venus Williams é uma das maiores estrelas da história do tênis feminino. Ela conquistou sete títulos de Grand Slam ao longo da carreira, sendo dois deles no US Open, ainda nos anos 2000, quando dominava as quadras. Sua última vitória naquele torneio foi em 2019, mas o tempo passou e a veterana tem tido seus desafios perante as gerações mais jovens. Caso consiga competir em 2025, Venus será a tenista mais velha a disputar uma chave de simples desde Renee Richards, que tinha 47 anos em 1981 — fato que só reforça a aura de resistência e longevidade da americana.
A volta às quadras e a torcida mista do público
Depois de uma pausa de 16 meses, Venus retornou às competições no torneio de Washington, em julho, onde brilhou ao superar a jovem compatriota Peyton Stearns. Essa vitória fez dela a jogadora mais velha da WTA a ganhar uma partida em nível de torneio desde Martina Navratilova em 2004, um marco importante para quem ficou tanto tempo fora das quadras. Ainda assim, a sequência não foi fácil: caiu na segunda rodada para a polonesa Magdalena Fręch e teve uma eliminação precoce em Cincinnati diante da espanhola Jessica Bouzas Maneiro.
Polêmica na web: herança versus renovação
O wildcard de Venus gerou discussões acaloradas nas redes sociais. Para muitos fãs e críticos, o espaço poderia ter sido destinado a jovens promessas, ansiosas por oportunidades em torneios grandes. Comentários como “que desperdício” ilustram a frustração de quem quer ver sangue novo assumindo o protagonismo no tênis feminino.
Em contraponto, houve opiniões até mais duras, que mostram uma divisão clara no pensamento do público. Algumas pessoas chegam a afirmar que a participação de Williams seria uma espécie de desmerecimento ao nível do esporte profissional, com frases pesadas do tipo “ela deveria perder de zero a seis duas vezes e se aposentar logo”. Essa visão critica a decisão e levanta um debate sobre como os atletas mais velhos são vistos em competições de elite.
A legião de fãs e o lado comercial do tênis
Por outro lado, os fãs mais fiéis defenderam a decisão da organização. Eles destacam não só a carreira brilhante de Venus, mas também a força que o nome dela tem para atrair público e mídia. “Ela vende ingressos, não é surpresa”, comentou um entusiasta, lembrando que os grandes eventos não são apenas sobre esporte, mas também sobre mercado e espetáculo.
Além da disputa de simples, Williams anunciou que jogará duplas mistas ao lado do norte-americano Reilly Opelka, ressaltando seu compromisso em manter-se ativa no circuito.
Obstáculos pessoais e a força para seguir em frente
Em 2024, Venus passou por uma cirurgia para remoção de fibromas uterinos, procedimento que a tirou temporariamente das competições. Em entrevista sincera, falou sobre seus planos com cautela: “Estou aqui agora e, quem sabe? Talvez tenha mais por vir. No momento, meu foco é esse.” Mesmo cautelosa, ela afirma que ainda mantém sua força: “Sinto que vou jogar bem. Ainda sou a mesma jogadora, uma grande sacadora.”
Além das quadras, a tenista vive um momento especial na vida pessoal. Recentemente anunciou seu noivado com o ator italiano Andrea Preti, adicionando mais um capítulo à sua história fora do esporte.
Expectativa para o US Open 2025
À medida que a edição de 2025 do US Open se aproxima, fica a pergunta no ar: essa chance para Venus Williams é uma justa homenagem a uma ícone que se recusa a sair de cena, ou seria um tropeço que dá peso à nostalgia em detrimento dos novos talentos? Torcedores, especialistas e a imprensa internacional acompanham essa trama com atenção, enquanto a carreira da americana segue evoluindo entre aplausos e críticas.
Fonte: Motociclismo.pt