
Wimbledon aumenta premiação e vai pagar recorde de NZ$ 6,7 milhões para campeões de simples
13 de junho de 2025 às 01:05
O tradicional torneio de Wimbledon, um dos quatro Grand Slams do tênis mundial, anunciou um aumento significativo nas premiações para a edição deste ano. O All England Lawn Tennis Club (AELTC), responsável pela organização, informou que o valor total destinado aos prêmios subiu para NZ$ 120 milhões, um crescimento de 7% em relação a 2024 e o dobro do que era oferecido há dez anos.
Os campeões das categorias de simples vão receber individualmente NZ$ 6,7 milhões, o maior valor pago entre todos os Grand Slams atualmente, e um aumento de 11,1% sobre o que Carlos Alcaraz e Barbora Krejcikova ganharam ao conquistar Wimbledon no ano passado. Já os tenistas eliminados na primeira rodada levarão NZ$ 148 mil, com um acréscimo de 10% em comparação a 2024.
Além disso, as duplas tiveram um reajuste de 4,4% na premiação, as duplas mistas um aumento de 4,3%, e os eventos de cadeira de rodas tradicional e quadra receberam um reforço de 5,6%.
Essa decisão surge após uma série de cobranças dos principais jogadores do circuito por melhorias expressivas nas premiações dos quatro Grand Slams — Australian Open, Roland Garros (Aberto da França), Wimbledon e US Open — buscando uma distribuição mais justa da receita gerada pelo esporte.
Deborah Jevans, presidente do AELTC, comentou sobre as conversas que têm acontecido com os atletas: “Escutamos os jogadores, estamos dialogando com eles. Mas focar apenas na premiação dos Grand Slams não resolve os desafios do tênis atualmente. O problema maior é que os atletas não têm uma temporada de descanso adequada e enfrentam um aumento nas lesões.”
Ela ainda destacou que Wimbledon está aberta para negociações e diálogo com as organizações do circuito profissional na tentativa de buscar soluções para esses problemas, embora ainda não tenha sido apresentado nenhum plano concreto para alterações no formato do calendário.
Outra mudança importante para a próxima edição do torneio é o ajuste no horário das finais: as decisões das duplas começarão às 13h (horário local) e as finais de simples às 16h, algo que pode influenciar nas condições de jogo, como a possível necessidade de fechar o teto retrátil e acender a iluminação caso os jogos se estendam até mais tarde.
O tempo de partidas como a final do Aberto da França deste ano, onde Carlos Alcaraz venceu Jannik Sinner em uma batalha de cinco horas e 29 minutos, reforça a necessidade desse planejamento para garantir uma melhor experiência tanto aos jogadores quanto ao público.
“Essa mudança traz mais segurança para os finalistas de duplas quanto aos seus horários, permite que os fãs desfrutem de um dia que progride até o grande ápice que são as finais de simples, e também assegura que nossos campeões sejam coroados diante do maior público possível”, explicou a diretora Fiona Bolton.
Um outro ponto histórico que será modificado é a substituição dos tradicionais juízes de linha pelo sistema eletrônico de marcação, já adotado em vários torneios ao redor do mundo. Bolton destacou que “o momento de avançar chegou” e que muitos juízes voltam em funções de assistentes de arbitragem, com dois profissionais por quadra para ajudar na observação dos jogos.
Eles serão “olhos e ouvidos extras do árbitro de cadeira” e fundamentais para o funcionamento do sistema eletrônico, oferecendo suporte em casos de falhas técnicas.
Wimbledon, que acontece no lendário complexo de quadras de grama em Londres, segue assim modernizando sua estrutura, enquanto tenta equilibrar tradição e as demandas contemporâneas do tênis profissional.
Fonte: RNZ