
Wimbledon traz charme e tradição para Nova York com ‘The Hill’ e aquece fãs para o US Open
16 de julho de 2025 às 18:30
Enquanto os fãs americanos de tênis já contam os dias para o US Open — último Grand Slam da temporada — alguns tiveram uma prévia elegante e cheia de tradição de Wimbledon, o torneio mais clássico do tênis mundial, diretamente em Nova York. Pela quarta vez consecutiva, o All England Lawn Tennis Club (AELTC) montou a experiência conhecida como The Hill, que levou a mágica da Quadra Central de Wimbledon para às margens do East River, no Brooklyn Bridge Park, bairro DUMBO.
Durante três dias, fãs encararam o calorão para se deliciar com especialidades britânicas como salsichas enroladas em massa (sausage rolls) e morangos com creme, além de curtirem drinques de Champagne e Pimm’s, um tradicional coquetel inglês. A britânica Rita Ora subiu ao palco para animar o público com seu show.
Alan Gogbashian, Vice-Comissário de Comércio do Reino Unido na América do Norte, destacou a força do torneio: “Wimbledon personifica o que há de melhor no esporte britânico, cultura e tradição, e isso gera um apelo global. É incrível ver a popularidade que tem do outro lado do Atlântico, com mais de 26 milhões de americanos acompanhando a final do ano passado. Mesmo não estando na Quadra Central, eles trouxeram o espírito de Wimbledon para Nova York.”
O evento deste ano trouxe uma mistura cultural interessante, com Ora vestindo uma roupa esportiva temática criada pelo patrocinador de longa data, Ralph Lauren. Além disso, houve parcerias exclusivas, como a do famoso cheesecake nova-iorquino Junior’s, que preparou uma versão miniatura especial do clássico morangos com creme, decorada com morango, o logo do torneio e uma bolinha de tênis.
Alan Rosen, dono do Junior’s, explicou ao blog: “Sempre gostamos de juntar pessoas em torno de uma boa comida, e participar do Wimbledon foi um encaixe natural. O que é melhor do que curtir um ótimo tênis no parque com uma comida deliciosa? Com uma forte conexão histórica com Brooklyn, quisemos dar um toque local à famosa tradição dos morangos com creme. E nada melhor que nosso cheesecake nova-iorquino clássico com uma cobertura fresca de morango. É uma forma saborosa de nos conectar com fãs que também amam tradição, excelência e, claro, cheesecake.”
Para provocar ainda mais o apetite, o Junior’s distribuiu suas mini sobremesas gratuitas para quem escaneava um QR code no food truck temático do evento, em pontos de Nova York, incluindo o Flatiron District e o DUMBO. O ex-tenista profissional John Isner, conhecido pela sua altura impressionante, também apareceu para surpresas divertidas.
Além de Ralph Lauren vendendo produtos oficiais no local, diversas marcas parceiras marcaram presença durante o fim de semana: American Express, que ampliou sua área com jogos e uma cabine de fotos estilizada como as tradicionais cabines telefônicas vermelhas inglesas; IBM, com insights gerados por inteligência artificial e quizzes de tênis para engajar o público; e Babolat, fabricante de equipamentos de tênis, que distribuiu brindes funcionais para quem os seguia nas redes sociais e posava para fotos segurando uma raquete gigante.
A American Express foi patrocinadora principal da noite de abertura do evento, que contou com show de Rita Ora e da cantora e compositora americana Ashe — reforçando a parceria cultural entre Inglaterra e Estados Unidos.
Shiz Suzuki, vice-presidente de patrocínios globais e marketing experiencial da Amex, afirmou: “Para a Amex, o tênis é mais que um esporte – é uma experiência cultural alimentada pela conexão, paixão e torcida. Nosso investimento global busca conectar nossos clientes aos momentos e experiências que eles mais valorizam. Seja no US Open, Wimbledon ou outros grandes torneios, criamos oportunidades – presenciais e digitais – que aproximam os fãs do jogo, dos jogadores e dos momentos inesquecíveis. É estar nos lugares certos e enriquecer as paixões que nossos clientes já amam.”
Marcas como a italiana Lavazza, especializada em café, e a Lanson, Champagne oficial do torneio, também estiveram no evento, apesar de alguns episódios inusitados na torcida, com fãs estourando garrafas em momentos pouco oportunos durante as partidas.
Brendan Dinen, chefe de marketing de Wimbledon, destacou o crescimento de The Hill: “Ano após ano, tentamos fazer o evento maior e melhor. Embora existam muitos fãs de esportes, Wimbledon transcende o esporte.”
Desde sua criação há quatro anos, The Hill mudou de localização duas vezes para acomodar um público maior e se tornou um dos eventos gratuitos mais disputados de Nova York. Milhares chegam desde o amanhecer para entrar quando os portões abrem às 7h. Este ano, o evento recebeu cerca de 10 mil pessoas ao longo do fim de semana, com 26 mil inscrições para o sorteio de ingressos.
Dinen ressaltou que os EUA são um mercado importante e crescente para o AELTC, impulsionado por jovens estrelas norte-americanas como a campeã do Aberto da França Coco Gauff, Taylor Fritz e Ben Shelton, além de um público global do torneio que pode alcançar até 65 milhões de interações únicas.
“Em quase 150 anos em Wimbledon, equilibramos nossa herança e tradição. Mas em um mundo onde o esporte é cada vez mais consumido por telas e redes sociais, o desafio é levar a magia dos campeonatos para onde as pessoas estão e interagem, e queremos fazer isso mais e mais.”
Para isso, Dinen acrescenta que parcerias com marcas como Junior’s, Amex e a ESPN, que transmite o torneio, ajudam a criar experiências únicas. A ESPN exibiu as finais de duplas masculinas e femininas antes das finais individuais, oferecendo uma dose extra de tênis ao público presente. Durante a transmissão do confronto masculino decisivo, a emissora também mostrou um split-screen com as torcidas na Inglaterra e nos EUA ao vivo.
“Trabalhamos bem de perto com nossos parceiros de transmissão para fazer a ativação nos EUA, e parceiras oficiais como Amex são um exemplo claro de como trazer a magia de Wimbledon e aquelas experiências especiais que são verdadeiros ‘sonhos’ para as centenas de milhares de pessoas que visitam os campeonatos na Inglaterra. Mas, para crescer e manter público, precisamos encontrar as plateias do futuro e proporcionar experiências especiais onde quer que elas estejam no mundo, fortalecendo a base de fãs para as próximas gerações. É por isso que queremos expandir o Wimbledon para outros mercados.”
A ESPN ainda reportou um aumento de 31% na audiência da final masculina em relação ao ano anterior, com quase 2,9 milhões de espectadores sintonizados para o emocionante reencontro entre os dois melhores jogadores do mundo, Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, que reviveram a histórica batalha de cinco sets no saibro de Roland Garros meses atrás. A audiência das semifinais também cresceu 34%, com destaque para a semifinal feminina, na qual a americana Amanda Anisimova eliminou a número 1 do mundo Aryna Sabalenka, atraindo em média 897 mil espectadores – a melhor marca desde 2015, quando Serena Williams estava entre as quatro finalistas.
Fonte: Campaign