
Carlos Alcaraz e Jannik Sinner protagonizam final épica de Roland-Garros: a maior batalha da história?
9 de junho de 2025 às 10:45
Em uma das finais de Grand Slam mais emocionantes de todos os tempos, Carlos Alcaraz conquistou seu segundo título consecutivo em Roland-Garros, vencendo Jannik Sinner em uma batalha que ficou marcada como uma verdadeira obra-prima do tênis moderno. A final, que durou impressionantes 5 horas e 29 minutos, foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, repleta de momentos de alta tensão, jogadas espetaculares e resistência física e mental digna dos maiores campeões.
Desde o começo, Sinner mostrou sua força, aproveitando ao máximo seu jogo preciso e consistente para vencer as duas primeiras sets e abrir 20 duplas séries vencidas na história do torneio. Parecia que o jovem italiano, que desde 2020 vem se consolidando como uma das grandes promessas do tênis mundial, iria coroar sua excelente fase com seu primeiro troféu de Roland-Garros, superando até mesmo a experiência de Alcaraz.
Porém, o espanhol, que até então não tinha perdido um único set na edição 2025, começou uma reação que ficaria marcada na história do esporte. Depois de perder o terceiro set após uma tentativa frustrada de romper o saque de Sinner no início do set, Alcaraz mostrou uma resiliência impressionante. Mesmo vendo o jogo ameaçado, ele manteve a calma, virou o placar na quarta parcial em momentos decisivos, e conseguiu uma virada dramática ao conquistar a partida no tie-break do quinto set.
O momento crucial aconteceu quando Sinner, com uma vantagem de 3-2 e tentando conquistar seu primeiro título de Grand Slam, teve três chances de fechar a partida. No primeiro, Alcaraz foi preciso e forçou um erro do adversário. No entanto, Sinner tinha duas outras bolas de conquistar o título, mas, sob pressão, acabou cometendo erros que deram vida ao espanhol, que então assumiu o controle e fechou a partida com uma jogada de backhand espetacular, levando a torcida à loucura.
Alcaraz, que já havia demonstrado maturidade ao recuperar-se de um início difícil, destacou a relevância desse jogo para sua carreira.
“Essa foi uma das partidas mais emocionantes que já joguei, sem dúvida nenhuma,” disse o jovem espanhol após o jogo. “Hoje, acho que tivemos momentos incríveis, de alta intensidade, mas também momentos difíceis. Estou muito feliz, e orgulhoso do modo como lidei com tudo hoje.”
O jogo foi marcado por uma disputa igualada em pontos: Sinner venceu 193 pontos, enquanto Alcaraz conquistou 192. Ambos cometeram o mesmo número de quebras de saque, sete vezes, e o número de winners também foi bastante equilibrado, com Alcaraz fechando com 17 a mais que Sinner. A diferença, na verdade, ficou por conta da precisão defensiva, já que Sinner cometeu 18 erros a menos e conseguiu 722 golpes de chão contra 711 de Alcaraz.
O resultado consolidou o espanhol como bicampeão de Roland-Garros, repetindo seu feito do ano passado e reafirmando seu status de um dos maiores talentos do tênis mundial na era moderna.
“Foi a partida mais emocionante que já disputei, e certamente uma das melhores finais de Grand Slam da história,” comentou Alcaraz. “Sinner foi incrível, e a disputa só reforçou que o tênis de alto nível nunca foi tão emocionante. Essa partida será lembrada por décadas.”
Também houve debates e análises sobre onde esse confronto se encaixa entre as maiores finais da história do tênis masculino. Alguns especialistas mencionam jogos lendários como a final de Wimbledon de 2008 entre Rafael Nadal e Roger Federer, ou a final do Australian Open de 2012 entre Nadal e Novak Djokovic, considerada uma das mais longas e intensas, além do fechamento de ciclo de Federer em Wimbledon de 2017 ou a surpreendente vitória de Djokovic sobre Federer em Wimbledon de 2019 ao salvar dois match points.
Para Mark Petchey, ex-técnico e comentarista, a final de 2025 entrou na lista das cinco melhores de todos os tempos, graças às reviravoltas, ao drama e à alta qualidade técnica apresentada. Já Tim Henman destacou que foi um dos jogos mais espetaculares que já viu, ressaltando a coragem e a determinação de ambos os jovens campeões.
Alcaraz, por sua vez, comentou que, embora acreditasse que finais como a de 2012 na Austrália tenham sido “melhores” em certos aspectos, ele sente-se honrado por seu nome estar associado a uma partida que certamente ficará marcada na história do tênis.
“Se nossa partida estiver entre as grandes, é uma honra imensa. O tênis é feito de momentos assim, de superação e coragem,” finalizou o jovem campeão.
Essa história de superação, resistência e habilidade técnica reforça ainda mais o status do tênis como um dos esportes mais emocionantes do mundo. E tudo isso reforça que vivemos uma era de ouro, com jovens estrelas entregando partidas lendárias que ficarão para a memória coletiva por décadas.
Para acompanhar toda essa emoção e as próximas grandes batalhas, continue acompanhando o Esporte Tênis. A temporada de 2025 promete ainda mais emoções no saibro de Roland-Garros e nos principais torneios do circuito mundial.
Fonte: TNT Sports