Amanda Anisimova, que vem vivendo o melhor ano da carreira em 2025, mais uma vez ficou a um passo da vitória em uma final, mas acabou superada pela russófona Aryna Sabalenka no US Open, em Nova York. A jogadora americana de 24 anos, que já havia entrado no top 10 do ranking WTA pela primeira vez na carreira neste ano, buscava evitar sua terceira derrota consecutiva em jogo decisivo, mas não conseguiu.

Depois de perder a final de Wimbledon também em 2025 para Iga Swiatek com duplo 0-6, Anisimova chegou a Flushing Meadows cheia de esperança. Contudo, Sabalenka dominou o confronto e venceu a partida em sets seguidos, 6-3, 7-6(7), garantindo mais um título de Grand Slam para a peruana número 1 do mundo.

Durante a entrevista após a partida, Amanda foi bastante sincera sobre suas dificuldades nas finais e admitiu sentir muita pressão nesses momentos decisivos: “Eu senti que não estava jogando meu melhor tênis durante a partida. Nas finais, eu fico muito nervosa. É algo que estou tentando melhorar, mas queria conseguir jogar de forma mais agressiva”.

A jovem americana já disputou oito finais na WTA e tem um retrospecto negativo, com três vitórias e cinco derrotas. Sua trajetória em finais até aqui inclui torneios no saibro, no piso duro e na grama, como mostra a lista abaixo:

| Torneio | Categoria | Piso | Adversária | Resultado | Placar |

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Copa Colsanitas 2019WTA 250SaibroAstra SharmaVitória4-6, 6-4, 6-1
Melbourne Summer Set 2022WTA 250DuroAliaksandra SasnovichVitória7-5, 1-6, 6-4
Canadian Open 2024WTA 1000DuroJessica PegulaDerrota3-6, 6-2, 1-6
Qatar Open 2025WTA 1000DuroJelena OstapenkoVitória6-4, 6-3
Queen’s Club 2025WTA 500GramaTatjana MariaDerrota3-6, 4-6
Wimbledon 2025Grand SlamGramaIga SwiatekDerrota0-6, 0-6
US Open 2025Grand SlamDuroAryna SabalenkaDerrota3-6, 6-7

Por conta dessas três derrotas consecutivas nas finais, Amanda demonstra preocupação se não está “lutando” o suficiente sob pressão: “Claro que minha adversária jogou muito bem, com muita agressividade e fez tudo certo, dificultando para mim. Mas eu não venci hoje, então não fiz o suficiente. Essa é a realidade que preciso aceitar. Sinto que se tivesse lutado mais, teria me dado mais chances, mas hoje me senti um pouco passiva dentro de quadra”.

Vale destacar que Sabalenka é uma das grandes forças do tênis feminino atualmente, assim como já foi Swiatek em Wimbledon. Amanda fez questão de exaltar a adversária após o jogo: “Ela começou jogando muito bem, jogando tênis de altíssimo nível. Vocês sabem que ela é número 1 do mundo e merecidamente, pois trabalha muito. Eu a admiro demais. Tivemos jogos difíceis, e hoje não foi diferente. Eu queria que tivéssemos prolongado a batalha, mas foi assim”.

Apesar da frustração com o revés, Anisimova tem motivos para comemorar: nesta segunda-feira, deve alcançar seu melhor ranking na carreira, entrando no top 4 mundial pela primeira vez. Esse resultado é fruto de uma temporada consistente e de muito trabalho duro.

Além disso, com o desempenho no US Open, Amanda se aproximou da tão sonhada classificação para o WTA Finals, a competição que reúne as oito melhores do circuito ao fim da temporada. Atualmente, a americana ocupa a 4ª posição na corrida para o Finals, numa lista liderada por Sabalenka e Swiatek:

PosiçãoJogadoraPontosSituação
1Aryna Sabalenka9.610Classificada
2Iga Swiatek7.533Classificada
3Coco Gauff5.184Classificação em andamento
4Amanda Anisimova4.908Classificação em andamento
5Madison Keys4.450Classificação em andamento
6Jessica Pegula4.209Classificação em andamento
7Mirra Andreeva4.189Classificação em andamento
8Elena Rybakina3.751Classificação em andamento

“Classificar para o WTA Finals era uma meta que eu coloquei lá no começo do ano, mesmo sabendo que era meio distante. Eu e meu agente até brincávamos sobre isso. Agora, ver que tenho chance real é muito legal, embora seja difícil pensar nisso logo após uma derrota tão pesada”, confessou.

Depois do susto da final, Amanda já se prepara para seguir viagem até Seul, onde estreia na próxima semana no Korea Open, buscando recuperar o ritmo e, quem sabe, dar novos passos rumo a grandes conquistas.

Fonte: The Tennis Gazette