O calendário de tênis no verão norte-americano, que termina com o US Open, tem sofrido críticas duras, especialmente após as desistências de grandes jogadores como Carlos Alcaraz, Novak Djokovic e Jannik Sinner do Masters 1000 de Toronto. O ex-tenista John Isner não poupou palavras para descrever a rotina como “muito ruim”, ressaltando o impacto de uma temporada tão apertada para os atletas.
Carlos Alcaraz, que vem jogando um tênis espetacular em 2024, colecionando títulos importantes como ATP Rotterdam, Masters de Monte Carlo, Masters de Roma (Italian Open) e Queen’s Club, além de ter conquistado seu quinto Grand Slam no saibro do French Open, precisou abrir mão do Masters 1000 em Toronto devido a problemas musculares.
A decisão de Alcaraz vem pouco tempo depois de sua final surpreendente em Wimbledon, onde perdeu para seu rival e grande adversário, Jannik Sinner. O espanhol explicou que após várias semanas consecutivas de competições sem descanso, precisava se cuidar para manter a forma física e mental visando o US Open, seu próximo grande desafio e onde pretende conquistar seu segundo título.
“Após muitas semanas seguidas de competição sem descanso, não poderei jogar em Toronto este ano. Tenho pequenos problemas musculares e preciso me recuperar física e mentalmente para o que vem pela frente. Peço desculpas ao torneio e aos meus fãs no Canadá, nos vemos no próximo ano!”
Além de Alcaraz, outros nomes importantes, como o britânico Jack Draper e o próprio Novak Djokovic, também desistiram do evento. A edição de 2024 do Masters canadense foi estendida para 12 dias, começando apenas duas semanas após Wimbledon e terminando no mesmo dia em que se inicia o Masters 1000 de Cincinnati, tornando praticamente impossível uma recuperação adequada para os jogadores.
Em um post no X (antigo Twitter), o jornalista esportivo Ben Rothenberg perguntou aos fãs como estavam encarando essa nova configuração do calendário do verão norte-americano. John Isner respondeu de forma categórica: “Está muito ruim”.
O americano Taylor Fritz, atual número 1 dos Estados Unidos, também comentou sobre a temporada excessivamente longa, que oferece pouco tempo de descanso entre torneios e vacações extremamente curtas para os atletas.
“Estamos tentando mudar o calendário, buscando reduzir o número de torneios para que possamos ter mais tempo para descansar e mais férias. Não é fácil, mas estamos tentando”, comentou Alcaraz, mostrando que a preocupação dos jogadores tem sido um tema constante nas discussões sobre o futuro do circuito.
Enquanto Alcaraz e Sinner se preparam para o Masters de Cincinnati, que será o último torneio antes do US Open, os fãs ficam atentos às condições físicas dos jogadores e às possíveis novas desistências, resultado da carga pesada imposta pelo calendário atual.
O debate segue aberto sobre a necessidade de um equilíbrio maior entre competição e recuperação para que os melhores do mundo possam entregar o desempenho máximo sem se arriscarem a lesões e desgaste prematuro.
Fonte: Sportskeeda
