
Coco Gauff brilha no saibro, mas ainda enfrenta desafios para dominar Wimbledon, diz Laura Robson
12 de junho de 2025 às 12:05
A jovem sensação do tênis americano, Coco Gauff, vem conquistando os holofotes após sua segunda taça de Grand Slam no saibro de Roland-Garros. Porém, apesar do ótimo momento, especialistas acreditam que a jornada da atleta de apenas 20 anos ainda é cheia de desafios, principalmente quando o assunto é a grama de Wimbledon.
Laura Robson, ex-número 1 do tênis britânico e atualmente diretora do torneio WTA 500 HSBC Women’s Championships – conhecido também como evento do Queen’s Club –, destacou que, mesmo com a impressionante sequência de bons resultados da americana nos últimos meses, parece que Gauff ainda não encontrou seu melhor ritmo nas quadras de grama.
“Ainda não sei quem é a favorita ao título feminino em Wimbledon. Eu diria que [Aryna] Sabalenka tem um bom histórico por lá, mas para a Coco a grama não trouxe ainda os resultados que ela consegue em outros Grand Slams”, declarou Robson em entrevista à Sky Sports.
Com sua experiência em quadras de grama, Robson é direta ao apontar que, apesar de Gauff já ter chegado três vezes à quarta rodada em Wimbledon, a tenista ainda não teve um resultado de destaque que realmente confirme sua evolução nesse piso específico. “Mesmo tendo avançado até essa fase, faltou aquele momento que a faça despontar de vez, o que deixa o caminho aberto para outras jogadoras novas entrarem em cena”, complementou.
Do auge em Paris para a incerteza em Londres
Gauff chega a Londres com a segunda colocação no ranking mundial e toda a confiança adquirida com a sequência de conquistas no saibro europeu. Além do título no Aberto da França, a americana foi finalista nos Masters de Madri e Roma, provando ser uma força dominante no saibro com sua movimentação ágil, resistência física e inteligência tática.
Apesar disso, a transição para a grama é vista como um novo desafio. Foi justamente em Wimbledon, com apenas 15 anos, que Gauff ganhou os holofotes ao derrotar a lendária Venus Williams em 2019. Contudo, desde então, ela não conseguiu avançar além da quarta rodada no All England Club. A velocidade e o quique baixo da bola na grama não favorecem tanto o jogo baseado em topspin, típico da americana, comparado ao saibro e às quadras duras.
As observações de Robson evidenciam a incerteza sobre quem realmente dominará o torneio feminino neste ano. Nomes fortes como Aryna Sabalenka, Iga Swiatek e Elena Rybakina estão na disputa, mas a forma recente de Coco Gauff a mantém como uma séria candidata.
Com apenas 20 anos, Gauff já conquistou mais do que muitos profissionais durante toda a carreira, mas Wimbledon continua sendo um dos poucos grandes desafios que ainda faltam para a jovem estrela brilhar por completo.
Fonte: Marca