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Emma Raducanu chega a Wimbledon em busca da fórmula mágica para voltar ao topo

26 de junho de 2025 às 12:26

Emma Raducanu, que reconquistou a posição de número 1 do tênis britânico neste mês, ainda parece distante de reencontrar aquele brilho que fez sua carreira decolar de forma meteórica em 2021. Com apenas 22 anos, ela continua sendo uma das atletas femininas mais conhecidas do Reino Unido e chega a Wimbledon como a principal esperança britânica para conquistar o título de simples feminino, algo que o país não vê há bastante tempo.

Poucas jogadoras no mundo do tênis tiveram um salto tão rápido e surpreendente quanto Raducanu, que em 2021 conquistou o US Open e entrou para a história como a primeira classificatória a vencer um Grand Slam na Era Aberta (iniciada em 1968). Esse feito estabeleceu uma barreira altíssima para a tenista nascida em Toronto, e ela mesma admite que sua trajetória desde então tem sido marcada por altos e baixos.

Depois de entrar no top 10 mundial graças à sua campanha de conto de fadas em Flushing Meadows, Raducanu enfrentou uma série de lesões no punho e no pé, além de oscilações de forma e mudanças frequentes de técnicos, na tentativa de encontrar aquela “fórmula mágica” para voltar a alcançar seu melhor tênis.

Até agora, o US Open de 2021 segue como seu único título, mas alguns sinais indicam que ela está no caminho certo. Uma boa campanha alcançando as quartas de final em Miami, passando pela terceira rodada em Roma no saibro, e chegando novamente às quartas no tradicional Queen’s Club, em grama, ajudaram a britânica a voltar ao ranking próximo da 38ª posição mundial. Mesmo assim, ela ainda sofre para avançar contra as principais atletas das categorias do tênis feminino.

Para tentar destravar o potencial de Raducanu, em abril ela recebeu o apoio do técnico Mark Petchey, ex-jogador britânico que foi mentor de Andy Murray nos primeiros anos da carreira e conhece bem a pressão de altos voos no tênis da casa. Petchey resumiu bem o desafio que sua nova pupila enfrenta: “Parece que todo mundo ainda vive naquele 2021. O jogo mudou muito desde então.”

“As bolas de tênis para as mulheres ficaram até quatro vezes mais pesadas em comparação com 2021, e a Emma não é das jogadoras com os golpes mais fortes. Meu mantra para ela desde Miami tem sido: ‘Você está na verdade começando sua carreira agora’. Infelizmente, a Emma está vivendo a carreira ao contrário.”

Alguns apostam que o sucesso repentino e as muitas responsabilidades de patrocinadores e compromissos fora das quadras podem ter tirado o foco da britânica no trabalho diário – algo que Petchey rejeita prontamente.

Além disso, Raducanu teve que lidar com problemas sérios como a perseguição por um stalker e uma persistente lesão nas costas, que a obrigou a desistir do WTA Berlim, competição preparatória para Wimbledon.

Outro assunto que certamente vai ganhar atenção durante o Grand Slam londrino é sua amizade com o campeão masculino Carlos Alcaraz. Recentemente, eles anunciaram que vão jogar juntos a chave de duplas mistas do US Open, o que alimentou rumores de romance entre as duas estrelas do tênis.

Mesmo com todas as distrações e desafios, Emma Raducanu tem talento para incomodar as melhores do mundo e está claramente pronta para o combate em busca de ir além das duas vezes em que chegou à quarta rodada em Wimbledon. Os fãs britânicos esperam que, ao entrar nos icônicos portões de Wimbledon, a jovem jogadora libere tudo e volte a apresentar aquele tênis leve e confiante que encantou quando era adolescente.

Fonte: Inquirer Sports