Emma Raducanu, a jovem e promissora tenista britânica que conquistou o US Open em 2021 de forma surpreendente, está focada em três objetivos principais para a temporada atual, segundo seu ex-técnico Mark Petchey. Com a parceira de trabalho encerrada devido aos compromissos de Petchey como comentarista, Emma agora treina com Francisco Roig, ex-técnico de Rafael Nadal, buscando retomar sua melhor forma.

Nos torneios de verão no piso duro da América do Norte, Raducanu apresentou performances sólidas e momentos de destaque, mas sofreu uma derrota contundente para Elena Rybakina na última edição do US Open, encerrando sua campanha de forma frustrante. A tenista, hoje número 34 do mundo, tem voltado às bases do seu jogo durante uma curta preparação em Barcelona, antes de seguir para Seul, onde vai disputar um torneio WTA 500 graças a um convite especial.

De acordo com Petchey, um dos focos da britânica deve ser redenominar seu posicionamento no ranking. “Eu diria que teria três metas para a Emma. A primeira é entrar entre as 32 melhores do mundo. Isso é fundamental porque garante cabeça de chave nos Grand Slams, o que evita confrontos contra as principais favoritas já nas fases iniciais dos torneios”, explica o treinador.

Ter uma colocação confortável entre as 25 e 27 primeiras jogadoras do ranking seria ainda melhor, pois isso aumenta as chances de evitar grandes nomes nas fases iniciais dos Grand Slams, como o Australian Open, que abre a temporada no início do ano. Essa é uma estratégia importante para que Emma possa ganhar confiança e ritmo, longe de obstáculos muito difíceis nas primeiras rodadas.

Além do ranking, Petchey destaca a importância de Emma desenvolver um jogo mais impactante e agressivo. “Ela já vem lidando bem com adversárias que sabe que pode vencer, mas precisa ser mais contundente diante das jogadoras de nível mais alto. Isso é essencial para chegar mais longe nos grandes torneios”, analisa.

O terceiro ponto levantado está relacionado ao serviço da jovem britânica. “Seu saque pode e deve evoluir, mesmo com as limitações naturais da sua altura. Ela deve continuar trabalhando para extrair o máximo dele, pois o saque é uma arma decisiva no tênis moderno”, comenta Petchey.

Emma Raducanu tem se mostrado empenhada em seguir esses conselhos, expressando abertamente o desejo de conquistar o status de cabeça de chave para o Australian Open e mostrando um desempenho consistente no saque nos torneios recentes.

Com apenas 20 anos, a tenista que até poucos meses atrás se tornou a primeira campeã do US Open nascida no século 21, mostra que está no caminho certo para retomar seu crescimento e brilhar ainda mais no circuito mundial.

Fonte: The Express