Emma Raducanu viveu sua melhor temporada desde o triunfo no US Open de 2021, terminando 2025 como a 29ª colocada no ranking mundial — um salto impressionante de 29 posições em relação ao fim do ano passado. A jovem britânica de 22 anos mostrou sua evolução ao chegar às semifinais do Citi DC Open, em Washington, no mês de julho; às quartas de final no Miami Open, em março; e às oitavas de final no tradicional torneio do saibro em Roma, em maio.
Apesar desses bons resultados, Raducanu ainda sentiu dificuldades para avançar além da terceira rodada nos Grand Slams e enfrentou derrotas em 10 das 11 partidas contra jogadoras do top 10 mundial. Além disso, um problema de saúde atingiu sua performance na reta final da temporada asiática, o que a fez encerrar o ano mais cedo devido a uma pequena lesão nas costas. Ao todo, a britânica disputou 22 torneios em 2025, preparando-se para uma pausa de 11 semanas até a retomada dos treinos para um 2026 que promete ser ainda mais intenso.
A estreia da nova fase: United Cup e parceria inédita
Raducanu vai começar a próxima temporada representando a Grã-Bretanha na United Cup, competição mista promovida pela ATP e WTA que reúne estrelas dos dois circuitos. Com jogos realizados em Perth e Sydney a partir de 2 de janeiro, o torneio é uma novidade para ela, que nos últimos três anos havia iniciado suas campanhas na Austrália no tradicional torneio ASB Classic, na Nova Zelândia — do qual acabou desistindo em última hora em 2025.
“Estou honrada por fazer minha estreia na United Cup em janeiro. Jogar pela equipe da Grã-Bretanha com meus companheiros será uma experiência única. Vai ser ótimo participar desse novo formato, representar meu país e ainda aproveitar algumas semanas extras na Austrália”, declarou a tenista.
Outra novidade é a parceria em potencial com Jack Draper, principal jogador britânico no circuito masculino, conhecido por sua garra e ascensão nos últimos anos. Amigos de longa data, ambos já confirmaram presença na equipe britânica, e o novo formato de duplas mistas do torneio aumenta as chances de eles atuarem lado a lado pelo país. Draper, que está se recuperando de lesão e ainda não compete desde o US Open, planeja retornar às quadras em dezembro e está empolgado com a chance de disputar a United Cup.
“Estou muito animado para voltar a competir na United Cup. Vou ficar de olho no sorteio para saber se jogaremos em Perth ou Sydney. Nunca estive em nenhuma das duas cidades, então será um desafio novo e muito legal”, comentou Draper.
Premiações de até £750 mil e a chance de grande salto no ranking
A United Cup substituiu a antiga ATP Cup no calendário e oferece uma premiação global que chegou a £8,4 milhões em 2025 — uma alta de 17% em relação ao ano anterior. Os ganhos são divididos entre taxa de participação, bônus de vitórias por equipe e prêmios individuais por partidas vencidas.
Como a taxa é baseada na posição no ranking, Raducanu, atualmente no 29º posto, poderia receber algo em torno de £53 mil, valor destinado à principal jogadora de sua nação caso mantivesse essa posição. Os prêmios aumentam conforme a progressão na competição, com singles podendo alcançar até £213 mil pela conquista do título, além de cerca de £32,5 mil por vitória em partidas do torneio durante a fase de grupos.
Para 2026, a expectativa é de que esses valores sejam ainda maiores. No formato misto, caso Raducanu e Draper joguem juntos, podem garantir £40 mil pelo título nas duplas mistas. Considerando que Emma dispute todas as partidas possíveis e vença todas, ela poderia faturar até impressionantes £750 mil em premiações e somar 500 pontos no ranking, um impulso poderoso para sua carreira — mesmo que essa situação seja pouco provável, destaca o potencial de retorno financeiro da competição.
A United Cup também funciona como uma preparação importante para o Australian Open, que começa em Melbourne no dia 19 de janeiro, e promete ser um divisor de águas na retomada da Emma Raducanu rumo ao topo do tênis mundial.
Fonte: Mirror
