
Jack Draper destaca rivalidade entre Alcaraz e Sinner como essencial para o tênis após era Federer-Nadal
15 de junho de 2025 às 18:21
O britânico Jack Draper, número 1 do seu país e atualmente com o melhor ranking da carreira, no 4º lugar mundial, acredita que a rivalidade entre Carlos Alcaraz e Jannik Sinner pode ser fundamental para o tênis voltar a brilhar tanto quanto na era de Roger Federer e Rafael Nadal.
A final épica do último Roland Garros, que o espanhol Alcaraz conquistou ao virar um jogo que estava dois sets abaixo em uma maratona de cinco horas e 29 minutos, quebrou recordes de audiência e conquistou fãs, mostrando o enorme impacto desse duelo para a modalidade. Essa partida levou o interesse do público a um novo patamar, com um pico de visualizações para a emissora Warner Bros Discovery.
Draper, que está como segundo cabeça de chave no torneio de Queen’s, na grama, e encara na primeira rodada o americano Jenson Brooksby, ressaltou a importância de ter confrontos tão competitivos e emocionantes entre os principais jogadores para o crescimento do tênis.
“Acho que o tênis está em um ótimo momento, especialmente pela profundidade dos jogadores, com um nível muito forte entre os 100 melhores do mundo,” comentou Draper. “É claro que talvez há uns cinco ou dez anos o top 10 ou top 20 fosse um pouco mais concentrado, mas ter esses dois caras, que mostram uma consistência incrível nesse nível de jogo, em um dos maiores torneios do mundo, chama muito mais atenção para o esporte. Isso ajuda a todos, jogadores como eu, e o tênis em geral a continuar evoluindo e se desenvolvendo.”
Ele ainda acrescentou: “É perceptível para os espectadores e também para os próprios jogadores. Quando não temos lendas como Rafa Nadal, Roger Federer ou Andy Murray nos bastidores, o ambiente fica diferente, mas ver atletas que estão se firmando nesse nível é sensacional para o tênis. Espero que essa rivalidade continue a crescer, pois vai nos desafiar e melhorar nosso jogo, além de motivar o surgimento de cada vez mais jogadores com alto padrão técnico.”
Enquanto Alcaraz comemorou sua conquista no saibro de Roland Garros com uma merecida pausa em Ibiza, Draper preferiu focar na recuperação em casa no Reino Unido após sua eliminação na 4ª rodada do Grand Slam francês diante do cazaque Alexander Bublik, assistindo à final com tranquilidade em seu apartamento.
Alcaraz revelou que sua equipe aprovou 100% o descanso após o título, e que ele ainda está assimilando tudo o que aconteceu. Agora, ele se prepara para iniciar a temporada na grama em Queen’s, onde defenderá o título conquistado em 2023 e enfrentará seu compatriota Alejandro Davidovich Fokina já na estreia. Curiosamente, Draper foi o responsável pela única derrota de Alcaraz em Queen’s no ano passado.
Com apenas 22 anos, Alcaraz refletiu sobre aquela final memorável: “O telefone não parava, a mídia estava por toda parte, muitos vídeos daquela partida, daquele ponto decisivo, e às vezes ainda assisto e não acredito que consegui virar aquele momento.”
Ele comentou ainda ser difícil até mesmo para ele internalizar o fato de ser vencedor de Roland Garros: “Às vezes é difícil de acreditar nesse lugar onde estou, que ganhei o torneio, ao rever aqueles vídeos começando 40-0 contra mim naquela hora. Então ainda me pego vendo essas imagens.”
Quando questionado sobre qual título considera mais especial, o primeiro ou a defesa do título, Alcaraz foi direto: “O primeiro é sempre único e especial, ficará para sempre no coração. Mas essa segunda final foi apontada por muita gente como a melhor que já viram.”
Sem dúvidas, o cenário atual do tênis masculino conta com jovens estrelas brilhando intensamente e uma rivalidade que promete manter o esporte em alta para os fãs ao redor do mundo.
Fonte: Wimbledon Guardian