Há pouco mais de uma semana, antes do início do Masters 1000 de Montreal, Naomi Osaka anunciou o fim da parceria de 10 meses com o técnico Patrick Mouratoglou, conhecido por seu trabalho com Serena Williams. Apesar da separação, o treinador segue torcendo pelo sucesso da japonesa.
Naomi, quatro vezes campeã de Grand Slam, tem mostrado um bom desempenho nas quadras duras do Canadá nas semanas que antecedem o US Open, seu próximo grande desafio. Atualmente, a jogadora ocupa a 49ª colocação no ranking mundial da WTA e vive seu melhor momento na temporada neste importante torneio.
Em entrevista à CNN Sports, Mouratoglou comentou: “Ela está indo bem em Montreal por enquanto. Tomara que ela vá até o fim. Acho que o nível do tênis dela está lá. Fisicamente, ela está pronta, é uma competidora incrível, uma campeã. Em algum momento, as coisas vão se encaixar; não tenho dúvidas disso.”
Nesta terça-feira, Osaka enfrenta a ucraniana Elina Svitolina nas quartas de final, buscando uma vaga entre as quatro melhores do torneio.
A japonesa afirmou após avançar às quartas: “Estou apenas tentando acumular vitórias em quadra dura. Acho que estou confiante com a minha base no momento.”
Desde que se tornou mãe em maio, Osaka conquistou seu primeiro título num evento WTA 125 na França, um circuito de nível inferior ao da WTA. Em janeiro, ela chegou à final de um torneio WTA após seu retorno da licença maternidade, mas precisou abandonar a partida devido a uma lesão abdominal. Seus melhores resultados em Grand Slams este ano foram as oitavas de final no Australian Open e em Wimbledon.
Mouratoglou comentou sobre os altos e baixos da parceria: “O que faltava era competitividade. Ela é uma grande competidora, mas naquele momento não estava no nível que pode alcançar como em outras fases da carreira. Essa foi a questão que não conseguimos resolver. Gostaria que tivéssemos tido mais tempo para isso, mas não tivemos. Nesses níveis é preciso resolver rápido os problemas.”
O treinador lançou na primavera o livro “Champion Mindset”, focado no aspecto mental no esporte e na vida. Sobre seu papel, ele explicou: “O mental é a parte mais importante do tênis, então acho fundamental que o técnico também ajude nesse aspecto. Eu tento ajudar o jogador de forma integral: técnica, física e mentalmente.”
Após a separação de Mouratoglou, Osaka passou a trabalhar com o técnico polonês Tomasz Wiktorowski, que teve grande sucesso com a número 1 do mundo Iga Swiatek, onde conquistou quatro majors em três anos, além de ter treinado a ex-líder polonesa Agnieszka Radwanska.
Sobre o novo treinador, Osaka comentou com a imprensa: “Gosto do estilo dele, direto e objetivo. Para mim, que tenho a mente dispersa com facilidade, é muito útil.”
Na busca por metas, a tenista destacou o equilíbrio entre saúde, felicidade e objetivos maiores: “Conversei com meu pai e ele disse que estar saudável e feliz já é uma forma de sucesso. Concordo, mas quero mais. Quero ganhar Grand Slams, voltar ao top 10, mas preciso ir passo a passo, focando em objetivos menores que levam aos grandes. Estar nas quartas aqui é um passo para chegar às semifinais e finais. Vou tratar assim.”
A campanha sólida no Canadá é um sinal importante para Naomi Osaka, que tenta recuperar o ritmo e a confiança para reencontrar o melhor tênis dela antes da disputa do US Open.
Fonte: Yahoo Sports