A temporada de verão de Coco Gauff tem sido cheia de desafios desde que ela conquistou seu segundo título de Grand Slam.

Após vencer o Aberto da França em junho, disputado no saibro de Roland Garros, Gauff tem enfrentado dificuldades no circuito da WTA, caindo em jogos para adversárias muito abaixo de seu ranking.

A americana foi surpreendida em Wimbledon ainda na primeira rodada, levando uma derrota em sets diretos para Dayana Yastremska. Logo depois, foi eliminada no WTA 1000 do Canadá pela jovem de 18 anos Victoria Mboko. Recentemente, no Masters 1000 de Cincinnati, Gauff perdeu nas quartas de final para a italiana Jasmine Paolini, que viria a ser finalista de Wimbledon em 2024.

Diante dessa fase complicada, uma opinião de peso chamou a atenção: Rick Macci, renomado treinador que já trabalhou com grandes nomes do tênis mundial, como Serena e Venus Williams, Maria Sharapova, Jennifer Capriati e Andy Roddick, comentou sobre os desafios da jovem promissora.

Macci, conhecido por sua vasta experiência e por impulsionar talentos, afirmou que Coco Gauff está em um “cruzamento de carreira”. Segundo ele, são o segundo saque e o forehand que precisam de ajustes urgentes, e que Gauff precisa de um “plano baseado em ciência” para corrigir essas falhas.

Em suas redes sociais, Macci ressaltou: “Coco vai ficar bem, porque ela luta e sabe jogar. Mas, para alcançar voos mais altos, ela precisa resolver esse problema vermelho alarmante. Está em um momento decisivo na carreira com o segundo saque e forehand, e isso não vai desaparecer magicamente. Essas falhas aparecem ainda mais sob pressão extrema”

Analisando as estatísticas recentes, fica claro o desafio enfrentado por Gauff. Nos últimos cinco jogos, ela cometeu em média 9,2 duplas faltas por partida — mais que o dobro da segunda colocada, Elena Rybakina, que tem 4,2. Além disso, Gauff tem o pior aproveitamento em pontos de segundo saque entre suas principais rivais, vencendo apenas 48,5% desses pontos. Em comparação, jogadoras como Aryna Sabalenka, Iga Swiatek, Jessica Pegula e Elena Rybakina mantêm médias acima de 50% nesse quesito.

Para garantir um bom desempenho no US Open, um dos eventos mais importantes da temporada marcado para acontecer em Nova York no final de agosto e início de setembro, Coco terá que buscar essas correções o quanto antes para evitar que as dificuldades atuais comprometam ainda mais seu rendimento.

Fonte: Tennishead