Emma Raducanu viu sua campanha no US Open 2025 chegar a um fim precoce após ser derrotada de forma contundente pela campeã de Wimbledon em 2022, Elena Rybakina. Desde então, a britânica tomou uma decisão que vem causando polêmica e sendo apontada por especialistas como “curto-prazista”.

A jovem número 1 do Reino Unido vive o melhor momento da carreira em 2025, apresentando atuações sólidas, incluindo partidas de alto nível contra a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, e alcançando as quartas de final do Miami Open, um dos principais torneios do circuito WTA.

Raducanu entrou no US Open embalada por essa boa fase e mostrou um tênis convincente nas duas primeiras rodadas, deixando expectativas altas para uma sequência forte no torneio. Porém, encontrou pela frente a poderosa Rybakina, que dominou a partida e venceu em sets diretos, 6-1, 6-2.

Após essa derrota, Emma tomou uma decisão que causou desconforto em parte da comunidade do tênis: anunciou que não participaria das finais da Billie Jean King Cup (antiga Fed Cup), representando a Grã-Bretanha. Em vez disso, a jogadora prefere se dedicar às competições do circuito WTA e fortalecer o entrosamento com seu novo técnico, Francisco Roig, experiente treinador espanhol conhecido por seu trabalho com Rafael Nadal.

Enquanto a Billie Jean King Cup acontece, Raducanu competirá no Korea Open, torneio que oferece premiações atraentes e pontos importantes para o ranking mundial.

No programa “The Tennis Podcast”, os comentaristas David Law, Catherine Whitaker e Matt Roberts discutiram os motivos que podem ter levado Emma a abrir mão da competição por equipe. Eles concordam que a decisão tem justificativas plausíveis, como a busca de pontos para melhorar seu ranking e garantir um possível status de cabeça de chave no Australian Open e o incentivo financeiro no torneio coreano.

Porém, Catherine Whitaker não escondeu a decepção e qualificou a escolha da britânica como “curto-prazista”. Whitaker comentou: “É uma situação complicada porque todas essas motivações são válidas, mas elas só superam o valor de representar a Grã-Bretanha na Billie Jean King Cup se essa competição tiver pouco valor para você. E essa decisão mostra claramente o pouco valor que Emma Raducanu atribui a esse torneio, o que me decepciona bastante.”

A comentarista ainda ressaltou que a participação da jovem pode ser muito benéfica para sua carreira e já foi no passado: “Eu acho que é uma visão limitada, pois poderia ser tão bom para ela.”

A Grã-Bretanha nunca conquistou a Billie Jean King Cup e sua última final remonta a 1981. No ano passado, a equipe britânica quase chegou à decisão, sendo eliminada nas semifinais pela Eslováquia em confronto apertado (1-2).

Mesmo com a ausência de Raducanu, o time conta com algumas jogadoras promissoras. Katie Boulter lidera a equipe, acompanhada pela número 82 do mundo Sonay Kartal e Jodie Burrage. Francesca Jones, que tem mostrado crescimento no circuito, substituirá Emma no torneio.

A equipe britânica encara o Japão nas quartas de final da Billie Jean King Cup nesta quinta-feira, buscando avançar e quem sabe, chegar perto do tão desejado título.

Fonte: Tennishead