A transição de carreira no tênis: ex-jogadores profissionais que viraram treinadores de sucesso
No mundo do tênis, a aposentadoria de um jogador profissional não significa o fim da conexão com o esporte. Pelo contrário, muitos ex tenistas que viraram treinadores encontram uma nova paixão ao lado da quadra, guiando a próxima geração rumo ao topo. Essa transição de carreira no tênis é repleta de desafios, mas também de recompensas imensas, permitindo que lendas do esporte compartilhem sua experiência única. Histórias de ex-jogadores que se reinventaram como treinadores inspiram não só atletas em fim de ciclo, mas também fãs e aspirantes a profissionais.
A importância dessa mudança vai além da mera continuidade profissional. Treinadores ex jogadores tênis trazem credibilidade instantânea, compreensão profunda das demandas físicas e mentais do circuito e estratégias testadas em Grandes Slams. Segundo dados da ATP, muitos dos coaches atuais no top 10 tiveram carreiras profissionais de sucesso, provando que a experiência como jogador é um ativo valioso na carreira após tênis profissional.
Exemplos internacionais famosos
Entre os ex tenistas que viraram treinadores mais destacados, Darren Cahill se sobressai. Ex-jogador australiano, que alcançou o nº 22 do mundo em simples e nº 10 em duplas, Cahill transformou sua carreira pós-aposentadoria em uma saga de sucessos. Ele treinou Lleyton Hewitt ao nº 1 mundial, Andre Agassi (que se tornou o jogador mais velho a alcançar o topo aos 33 anos) e, mais recentemente, Jannik Sinner. Com Sinner, Cahill conquistou o Australian Open 2024, US Open 2024, Australian Open 2025 e Wimbledon 2025, consolidando-se como um dos melhores.
Outro ícone é Brad Gilbert, ex-top 4 mundial com 20 títulos ATP. Conhecido por seu estilo ‘Winning Ugly’, Gilbert foi fundamental para Andre Agassi (6 Majors), Andy Roddick (US Open 2003), Andy Murray e Coco Gauff, com quem venceu o US Open 2023. Sua abordagem tática revolucionou o jogo de vários campeões.
Ivan Lendl, lenda com 8 Grand Slams, treinou Andy Murray a 3 Majors e 2 nº 1s mundiais. Stefan Edberg, 6 Slams, guiou Roger Federer a múltiplos títulos. Esses jogadores aposentados tênis coaching exemplificam como ex-pros elevam atletas ao panteão.
Casos brasileiros e sul-americanos
No Brasil, Larri Passos é sinônimo de sucesso como treinador ex jogador tênis. Embora não tenha sido top ATP como jogador, Passos é lendário por levar Gustavo Kuerten (Guga) ao nº 1 mundial e 3 Roland Garros (1997, 2000, 2001). Após Guga, treinou Thomaz Bellucci, Marcos Daniel e Beatriz Haddad Maia, fundando o Instituto Larri Passos.
Carlos Kirmayr, ex-nº 36 simples e nº 6 duplas com 10 títulos, brilhou na Davis Cup brasileira (15 anos como jogador/coach) e treinou juniors e pros como Marcos Daniel.
Guilherme Teixeira, ex-pro ATP, agora coach de João Fonseca, jovem promessa brasileira. Na Argentina, Franco Davin, coach de Juan Martín del Potro no US Open 2009, é consultant de Fonseca. Last Word on Tennis.
Essas histórias ex tenistas treinadores sul-americanos mostram resiliência regional.
Desafios e benefícios dessa mudança
A transição não é fácil. Ex-jogadores enfrentam isolamento (longe dos holofotes), necessidade de desenvolver skills de coaching (psicologia, análise) e adaptação a papéis secundários. Estudos mostram que grandes jogadores nem sempre viram grandes coaches devido a rigidez ou falta de empatia com novatos. The Conversation.
Benefícios? Credibilidade, rede de contatos e paixão renovada. Muitos ganham mais financeiramente e impactam o esporte globalmente.
Dicas para ex-jogadores iniciarem no coaching
- Certificações: USTA ou ITF courses. 2. Comece local: juniors/clubes. 3. Networking: ATP/WTA events. 4. Estude mentalidade: livros como ‘Winning Ugly’. 5. Paciência: construa portfolio. Wilson Sporting Goods.
O futuro do coaching no tênis
O futuro é promissor, com mais ex-pros como Juan Carlos Ferrero (Alcaraz) e academias crescendo. A tecnologia (IA, vídeo) aliada à experiência humana moldará campeões.
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